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Nubank e PicPay dizem que dinheiro de auxílio sumiu por causa da Caixa; banco público se abstém

Usuários do PicPay e Nubank começaram a reclamar de reajustes realizados em suas contas, com o sumiço de valores pagos via boleto ou pelo cartão virtual via Caixa Tem, aplicativo do banco estatal que centraliza os pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600. 

Tela do aplicativo do Auxílio Emergencial

Crédito: Wikimedia

Nesta semana, alguns usuários do PicPay e Nubank começaram a reclamar de reajustes realizados em suas contas, com o sumiço de valores pagos via boleto ou pelo cartão virtual via Caixa Tem, aplicativo do banco estatal que centraliza os pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600.

As queixas foram generalizadas no Twitter, chegando aos assuntos mais comentados da rede social entre segunda e terça-feira.

Caso PicPay

No PicPay, o dinheiro não aparecia na conta em alguns casos, embora tivesse sido descontado do Caixa Tem. Em outros casos, o dinheiro até aparecia no saldo do app, mas exibia um erro de “saque cancelado”. A justificativa da companhia é que houve uma “instabilidade do sistema do Caixa TEM”.

De acordo com um comunicado do PicPay enviado ao Valor Econômico “um pequeno percentual das transações entre o aplicativo e o PicPay não foi concluído. Nesses casos, o usuário deve fazer nova tentativa. Se a Caixa tiver debitado o valor utilizado para a transferência, o estorno deverá ser realizado pelo próprio banco.”

Caso Nubank

O caso do Nubank é parecido, mas como o método de transferência do Caixa Tem para a NuConta era diferente, o problema aparecia de outra forma. Os clientes afirmavam ter recebido o depósito de R$ 600 realizado via boleto, mas a fintech descontou valores. No aplicativo havia mensagens como “Ajuste de -R$ 600 recebido”.

Em um primeiro momento, o perfil do Twitter da fintech disse que o ajuste seria “referente a um valor que entrou duplicado por um depósito por boleto; o banco responsável por efetuar esse pagamento passou por uma oscilação no momento do repasse e o valor que entrou em sua conta foi superior ao valor real do boleto”.

Os usuários relataram que não havia caído valores duplicados e o Nubank decidiu estornar o estorno. De acordo com um comunicado da companhia enviado ao Gizmodo Brasil, os valores “já estão sendo devolvidos” para as contas digitais.

Entre 15 de abril e 10 de junho de 2020, parte dos clientes do Nubank que realizou o pagamento de boletos por meio da Caixa Econômica Federal recebeu em sua conta digital uma quantia superior ao valor correto. O erro ocorreu devido a uma falha no sistema da própria CEF.

Assim que informado pela CEF sobre a situação, o Nubank, agindo de boa fé, comunicou seus clientes sobre o equívoco e, seguindo as recomendações da CEF, iniciou o processo de estorno dos valores excedentes de volta para o banco estatal. A devolução à Caixa já foi completamente suspensa.

O Nubank lamenta o transtorno causado aos seus clientes e informa que, devido à imprecisão dos dados da CEF, a empresa já reverteu os valores aos seus clientes mesmo não sendo responsável pela falha. Os clientes afetados já foram contatados e receberam os valores em suas contas. A empresa aguarda esclarecimentos adicionais do banco estatal.

Posicionamento da Caixa

Ao Estadão, a Caixa disse que não identificou falha em seus sistemas por transferências para Nubank e PicPay.

“A Caixa informa que, acerca de relatos de intercorrências em pagamentos e transferências do Caixa Tem para fintechs, não foram identificadas falhas nos sistemas internos da Caixa”, afirmou o banco estatal.

Enquanto isso, o auxílio que deveria ser emergencial tem um calendário esquisito – a 3ª parcela que está sendo liberada agora poderia ser retirada ou transferida entre o app do Caixa Tem e outros bancos até setembro, dependendo do mês de nascimento do beneficiário. A utilização de serviços como PicPayNubank, Mercado Pago e PagBank para a transferência é uma das maneiras que as pessoas têm para conseguirem transferir o dinheiro.

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