Banda larga via satélite da SpaceX talvez seja lenta demais para o gosto de órgão americano

A FCC, órgão equivalente à Anatel, acredita que a SpaceX pode não ter serviço de banda larga suficiente para se qualificar para a primeira fase do leilão de um programa para ampliar a disponibilidade de banda larga em regiões rurais dos EUA.
Com base nos requisitos e procedimentos detalhados em um relatório da Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, órgão equivalente à Anatel) publicado na semana passada, a SpaceX pode não ter serviço de banda larga suficiente para se qualificar para a primeira fase do leilão do Rural Digital Opportunity Fund (um programa para ampliar a disponibilidade de banda larga em regiões rurais dos EUA) em outubro. [foo_related_posts] Na verdade, a FCC acha improvável que qualquer empresa de satélite de baixa órbita terrestre seja capaz de atender ao seu requisito de latência abaixo de 100 milissegundos. "Desconhecemos qualquer rede de baixa órbita terrestre capaz de fornecer um serviço de banda larga de varejo para o mercado de massa de consumidores residenciais que poderia atender aos requisitos de latência abaixo de 100 ms", disse a agência em comunicado ao CNET. A FCC observa, em seu relatório, que adota uma abordagem caso a caso para determinar quais empresas poderão participar do leilão. Empresas que ainda não implantaram a banda larga nas velocidades ou latências necessárias, como a Starlink da SpaceX, têm a chance de provar que possuem um plano para atender a esses requisitos. Entretanto, a FCC também diz que não acha "prudente autorizar licitações para combinações de níveis/latência/tecnologia que não tenham um histórico comprovado de implantação nas velocidades e latências" que estabeleceu. Isso inclui qualquer empresa de banda larga que não tenha um histórico de entregar as velocidades e latências necessárias nas casas das pessoas. A FCC diz que seu leilão do Rural Digital Opportunity Fund não é para testar "tecnologias não comprovadas usando o apoio do serviço universal". O Rural Digital Opportunity Fund é um subsídio que o governo dá às operadoras, geralmente de milhões de dólares, para expandir seus serviços para mais zonas rurais dos EUA. Essa é uma nova iniciativa criada pela FCC no ano passado (na verdade, um substituto para o Connect America Fund criado durante o governo Obama) que tem como objetivo oferecer àqueles que vivem fora das áreas urbanas ou suburbanas acesso à internet de alta velocidade. A Starlink ainda não passou a oferecer seus serviços para clientes de varejo, mas alega que seu serviço de internet via satélite não apenas atende aos requisitos da FCC, como os supera. Em maio de 2020, a empresa protocolou uma carta na FCC que resumia uma conversa telefônica entre os funcionários da SpaceX e da FCC, declarando que seu sistema de satélite "facilmente supera o limite de 100 ms para serviços de baixa latência." Baixa latência é bem importante. Quanto menor a latência, mais rápida a transferência de dados a partir do seu computador e para ele, o que significa que o filme que você quer assistir no Netflix será carregado mais rapidamente e sua conexão não ficará atrasada se você estiver tentando jogar Overwatch. A velocidade de internet também ajuda nisso, mas a latência rastreia quantos servidores, ou quantos "pontos", sua máquina precisa se comunicar antes que a transmissão de dados esteja completa. A distância física também desempenha um papel nisso, pois quanto mais distante você está fisicamente de um servidor, mais pontos os dados percorrem. Você mesmo pode testar isso. Se você estiver usando Windows, digite "cmd" na barra de busca e então pressione "enter" para abrir o prompt de comando. Digite "ping google.com" ou outro site, depois clique em "enter". Uma vez feito o teste de latência, ele lhe dará o tempo de latência de ida e volta. Geralmente, qualquer coisa abaixo de 100 ms – o limite que a FCC está estabelecendo – é considerado bom, embora para coisas como jogos é preferível estar abaixo de 50 ms. A banda larga por cabo é tradicionalmente muito mais rápida do que a Internet por satélite; os satélites estão muito, muito mais longe de nós do que o servidor de um provedor de serviço internet. Segundo a BroadbandNow, a latência média de ida e volta para a internet via satélite é de 500 ms, mas isso serve para os satélites regulares. Satélites de baixa órbita, como o Starlink da SpaceX podem reduzir esse tempo de latência para menos de 100 ms porque os satélites estão mais próximos da Terra – mas novamente, a FCC está cética, porque a SpaceX não mostrou que pode fazer isso em uma escala em massa até agora. A empresa tem até 15 de julho para convencer a FCC do contrário, caso queira se qualificar para o programa de subsídio rural. Independentemente de se qualificar para o subsídio da FCC, o CNET informa que a SpaceX planeja "ter uma oferta limitada no norte dos EUA e Canadá até o final do ano, com serviço expandido globalmente ao longo de 2021". Ainda na semana passada, a companhia lançou 58 satélites Starlink para o espaço. A empresa espera criar uma megaconstelação de 12 mil satélites, de acordo com o CNET, para fornecer banda larga em todo o mundo.
Foguete SpaceX carregando satélites Starlink. Crédito: SpaceX

Com base nos requisitos e procedimentos detalhados em um relatório da Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, órgão equivalente à Anatel) publicado na semana passada, a SpaceX pode não ter serviço de banda larga suficiente para se qualificar para a primeira fase do leilão do Rural Digital Opportunity Fund (um programa para ampliar a disponibilidade de banda larga em regiões rurais dos EUA) em outubro.

Na verdade, a FCC acha improvável que qualquer empresa de satélite de baixa órbita terrestre seja capaz de atender ao seu requisito de latência abaixo de 100 milissegundos. “Desconhecemos qualquer rede de baixa órbita terrestre capaz de fornecer um serviço de banda larga de varejo para o mercado de massa de consumidores residenciais que poderia atender aos requisitos de latência abaixo de 100 ms”, disse a agência em comunicado ao CNET.

A FCC observa, em seu relatório, que adota uma abordagem caso a caso para determinar quais empresas poderão participar do leilão. Empresas que ainda não implantaram a banda larga nas velocidades ou latências necessárias, como a Starlink da SpaceX, têm a chance de provar que possuem um plano para atender a esses requisitos.

Entretanto, a FCC também diz que não acha “prudente autorizar licitações para combinações de níveis/latência/tecnologia que não tenham um histórico comprovado de implantação nas velocidades e latências” que estabeleceu. Isso inclui qualquer empresa de banda larga que não tenha um histórico de entregar as velocidades e latências necessárias nas casas das pessoas. A FCC diz que seu leilão do Rural Digital Opportunity Fund não é para testar “tecnologias não comprovadas usando o apoio do serviço universal”.

O Rural Digital Opportunity Fund é um subsídio que o governo dá às operadoras, geralmente de milhões de dólares, para expandir seus serviços para mais zonas rurais dos EUA. Essa é uma nova iniciativa criada pela FCC no ano passado (na verdade, um substituto para o Connect America Fund criado durante o governo Obama) que tem como objetivo oferecer àqueles que vivem fora das áreas urbanas ou suburbanas acesso à internet de alta velocidade.

A Starlink ainda não passou a oferecer seus serviços para clientes de varejo, mas alega que seu serviço de internet via satélite não apenas atende aos requisitos da FCC, como os supera. Em maio de 2020, a empresa protocolou uma carta na FCC que resumia uma conversa telefônica entre os funcionários da SpaceX e da FCC, declarando que seu sistema de satélite “facilmente supera o limite de 100 ms para serviços de baixa latência.”

Baixa latência é bem importante. Quanto menor a latência, mais rápida a transferência de dados a partir do seu computador e para ele, o que significa que o filme que você quer assistir no Netflix será carregado mais rapidamente e sua conexão não ficará atrasada se você estiver tentando jogar Overwatch. A velocidade de internet também ajuda nisso, mas a latência rastreia quantos servidores, ou quantos “pontos”, sua máquina precisa se comunicar antes que a transmissão de dados esteja completa. A distância física também desempenha um papel nisso, pois quanto mais distante você está fisicamente de um servidor, mais pontos os dados percorrem.

Você mesmo pode testar isso. Se você estiver usando Windows, digite “cmd” na barra de busca e então pressione “enter” para abrir o prompt de comando. Digite “ping google.com” ou outro site, depois clique em “enter”. Uma vez feito o teste de latência, ele lhe dará o tempo de latência de ida e volta. Geralmente, qualquer coisa abaixo de 100 ms – o limite que a FCC está estabelecendo – é considerado bom, embora para coisas como jogos é preferível estar abaixo de 50 ms.

A banda larga por cabo é tradicionalmente muito mais rápida do que a Internet por satélite; os satélites estão muito, muito mais longe de nós do que o servidor de um provedor de serviço internet. Segundo a BroadbandNow, a latência média de ida e volta para a internet via satélite é de 500 ms, mas isso serve para os satélites regulares. Satélites de baixa órbita, como o Starlink da SpaceX podem reduzir esse tempo de latência para menos de 100 ms porque os satélites estão mais próximos da Terra – mas novamente, a FCC está cética, porque a SpaceX não mostrou que pode fazer isso em uma escala em massa até agora. A empresa tem até 15 de julho para convencer a FCC do contrário, caso queira se qualificar para o programa de subsídio rural.

Independentemente de se qualificar para o subsídio da FCC, o CNET informa que a SpaceX planeja “ter uma oferta limitada no norte dos EUA e Canadá até o final do ano, com serviço expandido globalmente ao longo de 2021”. Ainda na semana passada, a companhia lançou 58 satélites Starlink para o espaço. A empresa espera criar uma megaconstelação de 12 mil satélites, de acordo com o CNET, para fornecer banda larga em todo o mundo.

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