Biblioteca do Congresso americano deixará de armazenar tuítes porque o Twitter não presta

Em 2010, a Biblioteca do Congresso dos EUA começou a arquivar cada tuíte público que foi postado no Twitter. Ela inclusive adquiriu todos os tuítes retroativos até 2006. Mas a Biblioteca do Congresso irá parar de arquivar todos as micropostagens depois de 31 de dezembro de 2017. O motivo? Por que tuítes são uma porcaria. […]

Em 2010, a Biblioteca do Congresso dos EUA começou a arquivar cada tuíte público que foi postado no Twitter. Ela inclusive adquiriu todos os tuítes retroativos até 2006. Mas a Biblioteca do Congresso irá parar de arquivar todos as micropostagens depois de 31 de dezembro de 2017. O motivo? Por que tuítes são uma porcaria.

A Biblioteca do Congresso emitiu um comunicado este mês dizendo se orgulhar de sua compreensiva coleção de tuítes dos primeiros doze anos da rede, mas que não há mais necessidade de continuar com a atividade. Em vez disso, a organização vai apenas coletar tuítes que ela considerar historicamente significantes. Por exemplo, os tuítes do presidente Trump serão quase que certamente salvos para as gerações futuras.

Uma das razões que levou a Biblioteca a parar com o arquivamento? A controversa mudança do Twitter que passou a permitir tuítes com até 280 caracteres.

A suspenção da coleta de tuítes coloca a rede de acordo com a maneira que outras coleções digitais são arquivadas, o que inclui, por exemplo, sites. A Biblioteca do Congresso arquiva sites de uma maneira seletiva, diferente do sem fins lucrativos e não governamental Internet Archive, que tem uma missão muito mais abrangente de arquivar tudo que está online com a Wayback Machine.

O comunicado também aponta que muitos tuítes incluem foto e vídeo e que a coleta baseada apenas em texto tem tornado alguns dos tuítes inúteis para o arquivamento.

“A Biblioteca não costuma coletar de forma compreensiva”, diz o comunicado. “Dado o desconhecido caminho da rede social quando a coleção de tuítes foi planejada, a Biblioteca abriu uma exceção para os tuítes públicos. Com a rede estabilizada, a Biblioteca põe essa coleção no mesmo patamar que as demais políticas de coleta”.

Então quando é que historiadores futuros poderão explorar essa vasta coleção de tuítes armazenada pelo governo americano? Não tão cedo. Os tuítes têm um embargo de período ainda não determinado. Mas a Biblioteca avalia a coleção como um sucesso inestimável para as pessoas do futuro”.

“O arquivo do Twitter pode ser um dos legados mais significantes desta geração para as gerações futuras”, diz o comunicado. “Gerações futuras aprenderão muito sobre este rico período da história, os fluxos de informações, e as forças sociais e políticas que ajudaram a definir a atual geração”.

E a parte que foi deixada de lado? As “forças políticas” no Twitter que ajudaram a promover um imbecil a Casa Branca. Com sorte, a humanidade sobreviverá por tempo o bastante para estudar o impacto que o Twitter teve neste lixo de década. A Biblioteca pode até mesmo chegar a armazenar o tuíte que iniciará uma guerra nuclear. Olha que legal!

[Library of Congress blog and Library of Congress White Paper]

Imagem de topo: Chip Somodevilla/Getty Images

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