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[Hands-on] Este é o BlackBerry KeyONE, e é questão de tempo até não lembrarmos dele

A BlackBerry como a conhecemos mudou muito e hoje é uma empresa focada em software. A BlackBerry Mobile, por sua vez, ainda existe: seu nome é licenciado pela fabricante de eletrônicos chinesa TCL, que, em fevereiro deste ano, anunciou o BlackBerry KeyONE, aguardado smartphone da marca com Android. • A moda nostálgica do mundo tech […]

A BlackBerry como a conhecemos mudou muito e hoje é uma empresa focada em software. A BlackBerry Mobile, por sua vez, ainda existe: seu nome é licenciado pela fabricante de eletrônicos chinesa TCL, que, em fevereiro deste ano, anunciou o BlackBerry KeyONE, aguardado smartphone da marca com Android.

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Durante a IFA, em Berlim, a marca apresentou o KeyONE Black Edition, uma versão com 1 GB de RAM extra e 64 GB de armazenamento interno. Eu dei uma olhada nos dois modelos por lá, já sabendo que a versão Black Edition deve chegar ao Brasil. Segundo informações do TechTudo, a versão mais potente irá desembarcar no país em outubro, custando entre R$ 3.000 e R$ 3.500. Ao Gizmodo Brasil, a assessoria da TCL confirmou que o produto chega no quarto trimestre na faixa dos R$ 3.500.

As primeiras impressões que tive com a mais nova tentativa da BlackBerry de se manter relevante no mercado de smartphone é que eles estão caminhando em um terreno bem desconhecido. Convenhamos: todo mundo já se acostumou com o teclado touchscreen, e digitar numa peça física parece mais difícil e inconveniente atualmente. Por mais que ele tenha um corretor automático, eu errei bastante ao tentar escrever algumas frases ali. Primeiro, porque as teclas são pequenininhas e coladas, sem contar que eu não estou nem um pouco habituado com esse tipo de teclado.

Existem alguns truques legais nesse tecladinho, como a possibilidade de configurar cada tecla como um atalho para abrir um aplicativo específico, o sensor de impressão digital na barra de espaço e o fato de ele ser touchscreen e permitir que você navegue em páginas web sem tocar na tela em si. Ele tem o tamanho de um celular com tela de 5,5 polegadas, mas o seu display tem, na verdade, 4,5 polegadas (1620×1080 pixels).

Seu Android é o 7.1 Nougat, com pouquíssimas modificações na interface. A BlackBerry colocou apenas o DTEK, uma suíte de proteção à privacidade e segurança do aparelho – característica forte da BlackBerry em toda a sua história. A câmera tem 12 megapixels, abertura f/2.0 e flash duplo de LED. O sensor frontal tem 8 megapixels e abertura f/2.2. O processador é um Snapdragon 625, de oito núcleos de 2.0 GHz – é o mesmo chip que temos no intermediário Moto G5S Plus, por exemplo. A bateria tem 3505 mAh, com tecnologia Quick Charge.

O modelo tradicional, prateado, tem 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento. Já o Black Edition tem 4 GB de RAM e 64 GB de espaço interno. No estande da TCL, eu pude testar ambos os modelos, e, em poucos minutos, é difícil reparar num ganho considerável de desempenho. Apenas a versão preta será vendida no Brasil.

São especificações de muitos intermediários, mas por um preço de topo de linha. Esse conjunto todo dificilmente será o suficiente para emplacar no Brasil, e é questão de tempo até não lembrarmos mais dele.

Gizmodo Brasil viajou para Berlim a convite da Philips

Todas as imagens: Alessandro Junior/Gizmodo

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