Asas dobráveis permitem levar o enorme Boeing 777x a aeroportos pequenos

Aviões comerciais ficaram cada vez maiores ao longo das últimas décadas, mas o tamanho dos terminais na maioria dos aeroportos permanece o mesmo. Para driblar este desencontro na infraestrutura, o futuro jato 777x da Boeing terá uma envergadura enorme que se dobra na aterrissagem. O 777x chamou a atenção esta semana porque, no domingo, três […]

Aviões comerciais ficaram cada vez maiores ao longo das últimas décadas, mas o tamanho dos terminais na maioria dos aeroportos permanece o mesmo. Para driblar este desencontro na infraestrutura, o futuro jato 777x da Boeing terá uma envergadura enorme que se dobra na aterrissagem.

O 777x chamou a atenção esta semana porque, no domingo, três companhias aéreas do Oriente Médio compraram quase 300 desses jatos enormes. Os aviões só devem chegar daqui a sete anos, mas já estão surgindo detalhes do seu design – a Boeing diz que trará “o futuro do desdobramento em voos”.

boeing 777x (2)

O novo modelo tem foco em eficiência no consumo de energia, dependendo em grande parte de um novo motor super-eficiente feito pela GE.

O foco também é forte nas asas. Por uma série de razões técnicas complexas, quanto maior a envergadura – a distância entre as pontas das asas – mais eficiente é o avião. (Basicamente, reduz-se a resistência criada na ponta das asas ao aumentar a proporção entre a ponta e o resto da asa.) É por isso que a envergadura dos aviões vem aumentando a um ritmo rápido. É também por isso que a Boeing começou a fazer asas muito mais leves, utilizando fibra de carbono reforçado com plástico.

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Mas as envergaduras crescentes desses jatos criam um problema para aeroportos, que foram construídos para acomodar aviões muito menores. De acordo com o Seattle Times, a maioria dos aeroportos do mundo só pode receber aviões com envergadura de até 65 m (em alguns mega-aeroportos, o limite é de 80 m). O 777x teria uma envergadura de 71 m, mas a Boeing quer vender muitos destes aviões, então eles têm de caber em aeroportos comuns.

É por isso que a empresa está considerando asas que “se dobram” nas pontas ao aterrissar. Isso removeria até 5,5 m da envergadura, de acordo com o MIT Technology Review. Na verdade, esta não é uma ideia nova: a Boeing a patenteou em 1995, e até mesmo construiu um protótipo que nunca foi a lugar nenhum. A empresa até integrou winglets verticais – pontas dobradas da asa – em seu 737, mas eles são estacionários; na proposta para o 777x, eles seriam móveis e articulados.

Nós ouviremos muito mais sobre o design do 777x durante o ano que vem. Por enquanto, a Boeing está decidindo onde vai fabricá-lo: segundo o New York Times, a empresa americana está considerando quatro estados dos EUA para tanto.

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