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Boeing poderá utilizar dois computadores para corrigir falha no 737 Max

Novo software vai monitorar dois computadores de controle de voo do avião, alertando piloto sobre divergências de informações.

Imagem: Stephen Brashear/Getty

Em março deste ano, o Boeing 737 Max foi suspenso após dois acidentes, na Indonésia e na Etiópia, que resultaram na morte de 346 pessoas. Em junho, a Federal Aviation Administration (FAA) anunciou que havia identificado a falha, fazendo com que algumas companhias aéreas, como a United Airlines, prolongassem o cancelamento de voos até novembro. No entanto, a Boeing está disposta a evitar os prejuízos, tentando apresentar uma solução o quanto antes.

Segundo relatos da AP e do Seattle Times, a fabricante de aviões já está desenvolvendo um software que vai processar informações de dois computadores de controle de voo do avião, em vez de apenas um, como ocorre atualmente. Assim, os dois computadores seriam monitorados pelo novo software e os pilotos seriam alertados caso eles apresentassem divergências com relação à altitude, velocidade do ar, e o ângulo das asas em relação ao fluxo de ar.

Os relatos das publicações também apresentam alguns detalhes sobre as implicações da falha identificada em junho. Aparentemente, um microprocessador no 737 Max não estava suficientemente protegido contra as consequências de alertas de bits aleatórios. Isso poderia ocorrer caso um raio cósmico atingisse o chip, o que é muito improvável de acontecer, mas levaria muito tempo para os pilotos se recuperarem em condições realistas. Por isso, a nova atualização pretende evitar esse tipo de problema também. Assim, essas alterações de bits só causariam um acidente caso os dois computadores de voo falhassem de uma vez.

A Boeing não confirmou nada em um comunicado à AP, apenas afirmou que está trabalhando com a FAA e outros reguladores para consertar a falha identificada em junho e que ainda pretende testar o novo software em setembro para retomar as operações em outubro. Apesar desse cronograma ambicioso da empresa, nada garante que ela receberá aprovações dos órgãos reguladores e a confiança das companhias aéreas tão cedo.

[Engadget, AP]

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