Ciência

Brasil vai ganhar novo parque aeroespacial; veja o que já se sabe

Setor aeroespacial movimentou, em 2023, US$ 807,7 bilhões, valor que poderá chegar a US$ 1,4 trilhão até 2032
Imagem: Google Earth/Reprodução

Para alavancar o mercado aeroespacial no Brasil, foi assinado nesta quinta-feira (18) o termo para a construção de um Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia, o primeiro do Brasil.  O local, que será sediado em Salvador, terá um ambiente voltado ao fomento do ensino, à realização de pesquisas avançadas.

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Além disso, terá a promoção da inovação no campo aeroespacial, nos campos de engenharia de aeronaves, pesquisa, formação acadêmica e mão de obra. Dessa forma, segundo o Governo Federal, responsável pelas obras, as ilhas de atuação do parque serão divididas em quatro vertentes:

  • Espaço;
  • Defesa;
  • Mobilidade Aérea Avançada; e
  • Aeronáutica Comercial.

Entre as áreas de estudo a serem implementadas no local estão as de sistemas avançados de voo e de controle de tráfego aéreo; sistemas de engenharia aeroespacial, novas tecnologias de energia e propulsão e cibersegurança aeroespacial.

A área foi cedida pela União ao Senai Cimatec, instituição que ficará responsável pela gestão da unidade. Assim, a expectativa é de que ele comece a funcionar no primeiro semestre de 2025, com a entrada em operação da pista e do pátio de aeronaves.

O setor movimentou, em 2023, US$ 807,7 bilhões, valor que poderá chegar a US$ 1,4 trilhão até 2032.

Parceria com empresas privadas

Recém-anunciado, o Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia já tem despertado o interesse do setor privado. Durante a cerimônia em Salvador, foram assinados memorandos de parcerias com empresas privadas.

Essas empresas são especializadas na produção de equipamentos como veículos aéreos que fazem uso de inteligência artificial para voos não tripulados. Além disso, em hardwares e softwares para entrega de encomendas por meio de drones; bem como de fabricantes de plataformas de altitude elevada para voos não tripulados na estratosfera.

Além disso, durante o evento de assinatura, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou o desenvolvimento de veículos não tripulados. Também um satélite de observação de alta resolução para monitoramento e vigilância de florestas e rios, bem como para proteção de terra indígena, defesa e segurança pública.

Assim, Luciana Santos salientou também o primeiro projeto a ser desenvolvido, que é criar um sistema de drone. “Quero realçar que isso [a criação do parque] significa também enfrentamento da desigualdade regional e das assimetrias que existem [no país]”, disse a ministra.

Nova industrialização aeroespacial

Segundo Santos, a iniciativa beneficiará a inteligência brasileira, bem como a produção científica de universidades, institutos públicos de pesquisa.

“Esperamos que isso tudo possa se traduzir em produtos e em inovação, e que essa produção científica possa cada vez mais dialogar com setor produtivo. Isso significa atender à agenda da nova industrialização; de novas bases tecnológicas”.

A parceria entre os governos federal e da Bahia para a implementação do parque tecnológico prevê R$ 650 milhões em investimentos para construção. Além disso, um “valor equivalente” em equipamentos e laboratórios.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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