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Conheça Bruno Vaiano, um gênio brasileiro das pecinhas de Lego

Bruno Vaiano tem 17 anos, está no terceiro ano do Ensino Médio, dá aulas de inglês, estuda espanhol e é fã de The Who. Um garoto como tantos outros, mas com um grande talento: ele monta veículos militares usando Lego com uma precisão incrível. Dê uma olhada: Estes são seus três favoritos: o Zil 157, […]

Bruno Vaiano tem 17 anos, está no terceiro ano do Ensino Médio, dá aulas de inglês, estuda espanhol e é fã de The Who. Um garoto como tantos outros, mas com um grande talento: ele monta veículos militares usando Lego com uma precisão incrível. Dê uma olhada:

Estes são seus três favoritos: o Zil 157, o Oshkosh TFFT e o M20, que “embora seja minúsculo, demorou quase um mês. Uma mistura de preguiça e falta de inspiração para alguns cantinhos mais complicados”, conta, por e-mail. O tempo para construir cada coisa varia: “Quando se está com os planos traçados, uma tarde resolve. Mas eu já levei uma semana experimentando várias combinações e técnicas que usei em uma só construção.” Além de reproduzir veículos existentes, ele também cria os seus próprios, como o caça “Carcará”, que chegou a ser premiado em um concurso:

Bruno conta que monta veículos militares há pelo menos cinco anos — “Não sei se dá para definir um marco inicial” —, mas a relação com as pecinhas vem de cedo: ele tinha 6 anos quando ganhou seu primeiro Lego. “Foi um veículo da linha “Alpha Team”, modelo 6774”, recorda.

O Flickr, onde ele publica as fotos de suas criações, funciona como um ponto de encontro para construtores de Lego. “A maioria das páginas e fóruns internacionais dedicados está inundada de iniciantes, crianças e spam. O Flickr é uma alternativa mais ‘elitizada’, se é que esse termo é adequado”, explica Bruno.

“Por ser descentralizado, apenas os construtores mais habituados ou experientes migram para lá. Então nascem ‘nichos’, pequenos grupos onde se concentram fãs de trens, militaria e outras ‘sub-categorias’. Sempre rolam concursos, troca de ideias e discussões bacanas.” Mas, como ele disse, o ambiente não é muito amistoso com iniciantes. “Há uma aversão a molecada de 12 ou 13 anos. É meio chato se adaptar ao ‘jargão’ desse pessoal.”

E as peças? Onde ele consegue? A comunidade também dá uma ajuda, segundo ele: “Eu devo toda minha coleção às dicas que recebi ou as trocas que efetuei no LugBrasil. É a única comunidade dedicada ao hobby no Brasil, até onde eu sei. Eu ando inativo por lá, mas são todos extremamente atenciosos e abertos a dúvidas e ideias.”

Bruno também dá dicas de onde conseguir as pecinhas: “Há uma loja na Saúde (São Paulo), cujo proprietário é um simpático senhor oriental, que oferece preços inacreditáveis. Mas a melhor forma de adquirir exatamente o que se precisa a preços aceitáveis é o Bricklink, o Ebay de peças de Lego. Lá pode-se comprar praticamente qualquer peça que existe em grandes quantidades. A variedade de cores é quase assustadora, e algumas raridades que aparecem ofuscam os olhos de qualquer aficionado.”

Ele já chegou a dedicar duas horas por dia, mas acabou diminuindo o ritmo. “No último ano eu dediquei pouquíssimo tempo ao hobby, entrei no que os fãs chamam de ‘Dark Age’. Só pego para montar uma ou duas horas nos finais de semana.”

Mas ele já tem novas ideias para voltar a construir com mais frequência. “Nas últimas semanas tenho prestado mais atenção nas estações de metrô. Na Consolação, há uns painéis e mosaicos que passam despercebidos no dia a dia. Eles ficaram ótimos em miniatura, assim como os mapas e sinalizações comuns. Embora isso esteja bem longe da minha zona de conforto, é um projeto que está avançando bem rápido. Quem sabe em algumas semanas não sai alguma coisa?”

Estamos torcendo, Bruno!

[Fotos reproduzidas do Flickr com autorização. Obrigado pela dica, Anon_Delivers!]

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