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Arquitetos do Burj Khalifa agora projetam o edifício comercial mais alto do mundo

Responsáveis pelo Burj Khalifa, o maior arranha-céu do mundo, são contratados para construir o Burj 2020, o maior arranha-céu comercial do mundo.

O mundo dos imóveis que quebram recordes é cheio de lógicas estranhas e estratégias impressionantes. A cidade que construiu o prédio mais alto do mundo pede aos mesmos arquitetos do Burj Khalifa que projetem um novo arranha-céu, que ganhará o título de maior prédio comercial do mundo. Ele se chamará Burj 2020.

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Atualmente, o edifício comercial mais alto do mundo é o Taipei 101, em Taiwan, com 508 m. De acordo com o jornal árabe The National, a altura que o Burj 2020 atingirá ainda não foi anunciada, mas a conta oficial no Twitter — que não é atualizada há quase um ano — alega que o edifício teria 660 m de altura e um total de 115 andares.

O novo prédio também obterá o título de mais alto deck de observação do mundo — afinal, o mirante do Burj Khalifa está no patético terceiro lugar dessa categoria.


Deck de observação do Burj Khalifa (Kamran Jebreili/AP)

O Burj Khalifa tem 828 m de altura, mas o mirante fica a apenas 452 m do chão. No Burj 2020, o deck de observação – que dará uma volta completa no prédio – promete ficar muito mais alto; o valor exato não foi revelado. Atualmente, o mirante mais alto do mundo fica em Guangzhou, na China, com cerca de 488 m de altura.

O Burj 2020 é planejado desde 2013, mas foi só neste mês que desenvolvedores do projeto anunciaram a escolha dos arquitetos: Adrian Smith + Gordon Gill, a empresa de Chicago que projetou o Burj Khalifa (Smith and Gill trabalhavam na SOM naquele período, mas se desligaram da companhia para montar a própria firma) e a Kingdom Tower, arranha-céu de um quilômetro que está atualmente em construção em Jeddah, na Arábia Saudita.


Deck de observação do Burj Khalifa (SkyDivedParcel/Flickr)

Mas Dubai precisa mesmo de mais 300.000 m² de espaço comercial? Tenha em mente que o nome “2020” faz uma referência à Expo 2020, que ocorrerá em Dubai em menos de cinco anos. Como explicamos anteriormente, a cidade ganhou o leilão para hospedar a exposição — ela custará US$ 7 bilhões e exigirá uma enorme quantidade de infraestrutura e construção — que tem o potencial de se tornar uma bomba econômica aos Emirados Árabes Unidos, elevando a especulação imobiliária e aumentando a dívida do país.

Contratar a dupla de arquitetos responsável pelos maiores prédios do mundo mostra que o Burj 2020 realmente será feito. Se isso é um bom ou mau sinal para Dubai? Bem, depende para quem você pergunta — um conceito criado pelo economista Andrew Lawrence alega que a construção de arranha-céus leva à criação de bolhas imobiliárias e a problemas econômicos recorrentes.

Foto de capa: Guilhem Vellut/Flickr

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