Um estudo concluiu que o jet lag é pior quando viajamos em direção ao leste

por Sophie Kleeman Jet lag é objetivamente terrível. Ninguém é imune a ele e não há nenhuma forma de treinamento, a não ser que beber muito álcool e tomar muito remédio para dormir seja considerado um tratamento (não é). Mas, de acordo com o conhecimento popular, alguns tipos de jet lags são piores do que […]

por Sophie Kleeman

Jet lag é objetivamente terrível. Ninguém é imune a ele e não há nenhuma forma de treinamento, a não ser que beber muito álcool e tomar muito remédio para dormir seja considerado um tratamento (não é). Mas, de acordo com o conhecimento popular, alguns tipos de jet lags são piores do que os outros – viajar para o leste, por exemplo, prejudica mais o ciclo do sono do que viajar para o oeste. E, nesse caso, o conhecimento popular está bastante certo.

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De acordo com um novo estudo publicado na Chaos, realizado por pesquisadores da Universidade de Maryland, nos EUA, nosso ritmo circadiano natural gira em torno de 24,5 horas – pouco mais de um dia. Este tempo extra facilita a viagem em direções que alongam a duração de um dia – em direção ao oeste – do que direções que encurtam o dia – leste.

O ciclo circadiano é regulado por células cerebrais localizadas no núcleo supraquiasmático, que é encontrado no hipotálamo. Em condições normais, essas células se movem em um padrão sincronizado controlado pela exposição regular à luz. Durante uma viagem, no entanto, essa exposição é abandonada – o que resulta no jet lag.

Para testar as condições associadas ao jet lag, os pesquisadores usaram um modelo matemático para simular o que acontece com as células cerebrais durante uma viagem. O modelo produziu resultados que bateram com a dicotomia convencional leste-oeste: uma pessoa precisava de menos de quatro dias para se recuperar de uma viagem a oeste pela qual ela atravessou três fusos diferentes; seis fusos levava cerca de seis dias; e nove fusos demorava cerca de oito dias.

Para quem viajava em direção ao leste, no entanto, o período de recuperação era maior: três fusos levavam um pouco mais do que quatro dias; seis fusos cerca de oito dias; e nove fusos levava até 12 dias.

Mas considerando que cada pessoa tem um relógio interno diferente – alguns de nós temos um que dura menos do que 24 horas, outros que duram mais – as pessoas acabam se recuperando do jet lag diferentemente. “Nosso modelo sugere que a diferença entre o período natural de uma pessoa e 24 horas controla como ela experiência o jet lag,” diz a autora do estudo Michelle Girvan, uma professora de física da Universidade de Maryland, em um comunicado.

[Chaos via CNN]

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