A Tesla corre contra o tempo para garantir o funcionamento de seu serviço de robotáxi no Texas, Estados Unidos, a partir do próximo mês. A empresa está se preparando para iniciar testes limitados de autônomos na cidade de Austin. E segue confiando na expansão dos testes para a Califórnia e outros estados americanos ainda em 2025.
Elon Musk, CEO da companhia, garante que será possível utilizar os Cybercabs ainda neste ano. Mas para isso, precisa provar a capacidade do sistema de direção autônoma da marca em conduzir os veículos em cenários reais e possíveis situações adversas.
O bilionário promete em 2015 que os carros da Tesla seriam totalmente autônomos em um período de até dois anos, o que ainda não se concretizou. Agora, dez anos após a promessa, Ashok Elluswamy, chefe de piloto automático e IA da empresa, afirmou que a montadora ainda não está perto de atingir o feito.
Em entrevista concedida ao podcast Gobinath, Elluswamy reconheceu que a Tesla está atrás de concorrentes, como o Waymo, do Google, que já opera em algumas regiões dos EUA. Além disso, ele admitiu que a empresa pode estar “alguns anos atrasada” ao se referir à tecnologia de direção autônoma.
Para que a promessa feita por Musk se torne realidade, a tecnologia da marca precisa atingir a autonomia de nível 5. A classificação foi desenvolvida pela Sociedade de Engenheiros Automotivos e se refere a veículos capazes de dirigir sem nenhuma intervenção humana para qualquer lugar.
No caso específico do Cybercab, a empresa tem que comprovar uma autonomia nível 4, mas ainda não se sabe se a montadora conseguirá a façanha. Neste momento, ainda há um certo ceticismo de especialistas, que acreditam que a empresa demorará alguns anos para tornar seu ambicioso projeto realidade.
Um dos pontos que ainda geram polêmica no sistema autônomo da Tesla é o uso apenas de câmeras para mapear o ambiente ao redor e detectar obstáculos. Enquanto as concorrentes também usam sensores redundantes para garantir viagens mais seguras aos passageiros.
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