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Fabricantes de memória levam multa de R$ 7 milhões no Brasil por formarem cartel

Cinco empresas foram condenadas pelo CADE pela formação de cartel internacional de memórias DRAM.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) condenou um grupo de empresas estrangeiras pela formação de um cartel internacional de memórias DRAM. Ao todo, cinco empresas e duas pessoas físicas vão pagar multas que somam R$ 7 milhões.

As empresas envolvidas no cartel são Elpida Memory Inc., Mitsubishi Electric Corp., Nanya Technology Corporation, NEC Corporation e Toshiba Corporation.

De acordo com o CADE, o cartel operou entre 1988 e 2002 ao menos, e causou prejuízos para empresas que compraram memórias DRAM das companhias envolvidas, assim como aos consumidores finais. Essas memórias costumam ser usadas em dispositivos como PCs, impressoras, telefones celulares, TVs e consoles de videogame.

Após a abertura de um processo no CADE para investigar a possível prática  a NEC forneceu documentos que confirmaram a prática do cartel tanto por ela quanto pelas outras empresas. Juntas, elas combinaram preços e atuaram coordenadamente na oferta e no ritmo de produção das memórias. Por causa disso, a empresa ganhou um desconto de dois terços na multa a ser paga.

Abaixo estão os valores que cada empresa – e as duas pessoas físicas – vão precisar pagar:

Empresas:
Elpida Memory, Inc – R$ 1.596.150,00
Mitsubishi Electric Corp. – R$ 1.596.150,00
Nanya Technology Corporation – R$ 1.537.014,16
NEC Corporation – R$ 532.050,00
Toshiba Corporation – R$ 1.596.150,00

Pessoas físicas:
Akihiro Furusawa – R$ 106.410
Dimitrios James Sogas – R$ 131.944,44

Outras empresas também estavam envolvidas no esquema, mas fecharam acordos antes do processo atual. Infineon Technologies AG, Samsung Electronics Company Ltd. por meio da Samsung Semiconductor, Inc., Micron Technology, Inc., Hynix Semiconductor Inc., e Hitachi Ltd assumiram obrigações de colaborar com as investigações e pagaram multas que somaram R$ 8,2 milhões.

Não foi só no mercado brasileiro que o cartel operou: as empresas também foram investigadas na Europa e nos EUA, onde fecharam acordos com as autoridades locais. As empresas também foram condenadas a pagar multas de até US$ 11,5 milhões lá fora.

Atualizado às 16:45

[Jota, Convergência Digital]

Foto via John R. Southern/Flickr

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