China põe 108 milhões de pessoas em lockdown após 34 novos casos de coronavírus

A província chinesa de Jilin colocou cerca de 108 milhões de pessoas em lockdown nesta segunda-feira (18), depois que cerca de 34 novos casos de coronavírus e uma morte foram identificados na região nas últimas semanas.
Funcionário usa equipamento de proteção e fala com caminhoneiro na saída de uma rodovia em Jilin, na província chinesa de Jilin, no dia 13 de maio de 2020.
Crédito: Getty

A província chinesa de Jilin colocou cerca de 108 milhões de pessoas em lockdown nesta segunda-feira (18), depois que cerca de 34 novos casos de coronavírus e uma morte foram identificados na região nas últimas semanas, de acordo com uma reportagem da Bloomberg News.

O novo confinamento demonstra o medo generalizado na China de testemunhar outro surto incontrolável como o de Wuhan, que desencadeou a pandemia global de COVID-19 em dezembro de 2019.

Autoridades do governo nas cidades de Jilin, que está situada no nordeste da China, interromperam o funcionamento de ônibus e trens que saíam e entravam na província e as escolas foram fechadas. Três novos casos foram relatados no sábado e dois novos casos foram relatados no domingo. A província de Jilin tem, no total, apenas 127 casos confirmados de COVID-19 e duas mortes – em grande parte devido à imposição de rigorosas medidas de distanciamento e fechamento de fronteiras em fevereiro e março, como aconteceu em Wuhan.

Não está claro o que causou o novo surto em Jilin, embora haja especulação de que possa estar relacionado com o retorno de pessoas da Rússia, o segundo país mais atingido pelo novo coronavírus, depois dos Estados Unidos. Os Estados Unidos identificaram mais de 1,4 milhões de casos e 89.564 mortes, segundo o mapa da Universidade Johns Hopkins. A Rússia identificou pelo menos 290.000 casos e 2.722 mortes. A China relatou mais de 84 mil casos e 4.638 mortes. Acredita-se que os números dos EUA, Rússia e China (e praticamente todos os países do mundo) sejam maiores do que o número de casos e mortes relatados pelas autoridades, devido à subnotificação por falta de testes.

O novo lockdown em Jilin é muito mais rigoroso do que o que é considerado o “lockdown” em muitos países ocidentais, onde as pessoas podem deixar suas casas sempre que quiserem para ir ao mercado ou para fazer exercícios.

Da Bloomberg News:

O governo de Shulan, uma cidade em Jilin, disse na segunda-feira pelo WeChat que colocaria em prática suas medidas mais rigorosas até agora para conter o vírus. Os conjuntos residenciais com casos confirmados ou suspeitos serão fechados, com apenas uma pessoa de cada família autorizada a sair para comprar o essencial durante duas horas a cada dois dias.

A decisão de realizar os bloqueios após apenas 34 novos casos contrasta com a forma como as autoridades de outros países lidaram com a pandemia. Nos EUA, por exemplo, a Pensilvânia anunciou no domingo 623 novos casos e 15 novas mortes e a Carolina do Sul anunciou 163 novos casos e cinco novas mortes. Ambos os estados flexibilizaram as restrições de fechamento, assim como a grande maioria dos governos locais em todo os EUA.

Pelo menos seis funcionários do governo foram demitidos em Jilin como resultado do novo surto, de acordo com o site de notícias Caixin.

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