China alega ter arma a laser que causa “carbonização instantânea” da pele humana

À medida que os Estados Unidos se prepara para guerras no espaço, a China está trazendo a guerra espacial para casa. Seu fuzil de assalto a laser ZKZM-500 é supostamente capaz de atingir um alvo a um quilômetro de distância, acendendo objetos inflamáveis e queimando a pele humana. E ele está pronto para produção, alegam […]

À medida que os Estados Unidos se prepara para guerras no espaço, a China está trazendo a guerra espacial para casa. Seu fuzil de assalto a laser ZKZM-500 é supostamente capaz de atingir um alvo a um quilômetro de distância, acendendo objetos inflamáveis e queimando a pele humana. E ele está pronto para produção, alegam os pesquisadores por trás do projeto.

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Uma arma que dispara um feixe de laser destrutivo tem sido o sonho de pesquisadores militares há décadas. As forças militares norte-americanas tiveram alguma sorte com enormes canhões disparadores de laser, projetados para serem montados em navios ou caminhões e capazes de derrubar um drone, queimando seu corpo. Mas fuzis de laser eficazes prontos para uso por soldados individuais permanecerem por muito tempo na terra das fantasias.

O jornal South China Morning Post, no entanto, falou com pesquisadores do Instituto Xian de Óptica e Mecânica de Precisão (na Academia de Ciências Chinesa), que dizem ter desenvolvido um poderoso fuzil de laser que, em breve, estará nas mãos do setor da polícia chinesa focado em antiterrorismo. Da reportagem:

A arma de calibre 15 pesa três quilos, quase o mesmo que uma AK-47, e tem alcance de 800 metros, podendo ser montada em carros, barcos e aviões.

No evento de uma situação de sequestro, ela poderia ser usada para disparar através de janelas, temporariamente desarmando os sequestradores enquanto outras unidades se movimentam para resgatar os reféns.

Ela também poderia ser usada em operações militares secretas. O feixe é poderoso o bastante para queimar um tanque de gás e acender a instalação de armazenamento de combustível em um aeroporto militar.

A arma é completamente silenciosa, e seu feixe, invisível, alega a reportagem. Um alvo sequer saberia o que está acontecendo, aparentemente, até que um buraco queimasse através de suas roupas em um piscar de olhos e sua pele e tecido fossem “instantaneamente carbonizados”, no melhor cenário deixando uma cicatriz permanente. Um pesquisador disse ao Morning Post que “a dor seria mais forte que a resistência”. Se o infeliz alvo estiver vestindo roupas inflamáveis, ele pode até pegar fogo, de acordo com a reportagem.

Por US$ 15 mil a unidade, o ZKZM-500 soa relativamente barata, especialmente se você considerar que ele não exige munição tradicional. A bateria de lítio pode, aparentemente, dar conta de mil disparos laser que duram cerca de dois segundos cada. Porém, mesmo que esse custo seja acessível para alguns civis, a tecnologia deve ser restrita a militares e policiais.

Mesmo essa determinação de uso poderia enfrentar resistência de outros países. Como aponta o Morning Post, o Protocolo IV (sobre armas cegantes a laser) da ONU entrou em vigor em 1998, assinado por 108 nações. Ele proíbe o uso de armas especificamente projetadas para causar cegueira permanente, mas, como parte da Convenção da ONU sobre Armas Convencionais, o protocolo não tem mecanismos de verdade para aplicação.

Embora situações antiterroristas ou com reféns estejam sendo discutidas como os cenários mais prováveis para essas armas serem usadas a curto prazo, um documento promocional publicado em um site governamental chinês e visto pelo Morning Post também destaca seu potencial uso contra “protestos ilegais”. O controle da China sobre a internet se intensificou nos últimos anos, dificultando a organização da oposição. Ir de firewalls a colocar fogo nas pessoas seria um salto enorme para o país.

[South China Morning Post]

Imagem do topo: Divulgação

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