Ciência

China começa a expandir tamanho do maior radiotelescópio do mundo

A segunda fase de expansão vai instalar 24 radiotelescópios móveis para aprimorar a resolução do FAST
Academia Nacional de Ciências da China/Divulgação

A China começou a segunda fase do seu projeto de expandir as funcionalidades – e o tamanho – do maior radiotelescópio do mundo.

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Situado em uma dolina no terreno cárstico da região de Guizhou, no sudoeste da China, O FAST (Radiotelescópio Esférico com 500 metros de Abertura) começou suas operações em janeiro de 2020.

O FAST já conta hoje com uma antena única de 500 metros. Porém, a segunda fase visa expandir o instrumento astronômico com mais 24 radiotelescópios móveis.

Vale lembrar que, em 2022, a China também anunciou a construção de um outro instrumento, o maior radiotelescópio móvel do mundo, com uma antena única de 110 metros de diâmetro. Já os novos radiotelescópios móveis do FAST são bem mais modestos, com antenas de 40 metros de diâmetro. Porém, a ideia é que eles sejam usados em conjunto, ampliando as capacidades do observatório.

A China iniciou a construção para expandir o maior radiotelescópio do mundo no último dia 25, coincidindo com o aniversário de oito anos da primeira observação do FAST, em 2016.

A expansão é chamada “FAST Core Array”, de acordo com um estudo publicado por cientistas da Academia Nacional de Ciências da China. Ela pretende aproveitar de um ambiente livre de interferências eletromagnéticas em um raio de 5 km ao redor do radiotelescópio.

O Centro de Desenvolvimento e Operações do FAST escolheu a área de expansão por sua localização remota, bem como pela topografia ideal. Assim, evita-se interferências nas observações científicas.

Aliás, os 24 radiotelescópios, ao se combinarem em uma matriz do FAST, vão aprimorar as capacidades de resolução e detecção do maior radiotelescópio do mundo.

Assista:

O plano de expansão do FAST visa permitir investigações científicas mais aprofundadas em diversos campos, incluindo eventos de ondas gravitacionais, supernovas e explosões radioativas.

De acordo com o estudo, a expansão também vai contribuir com o monitoramento consciente do espaço, além da detecção de pequenos objetos do sistema solar.

Em 2021, a China autorizou a participação internacional em pesquisas usando o maior radiotelescópio do mundo, que já detectou mais de 900 pulsares desde sua inauguração.

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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