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Dona da 99 proíbe corridas entre passageiros e motoristas do sexo oposto em alguns horários na China

Casos de abusos sexuais em aplicativos de transporte acontecem em uma quantidade assustadora, não só no Brasil como no mundo todo. A Didi Chuxing, principal plataforma de transporte via app da China e dona da 99, anunciou nesta semana que irá proibir o transporte de pessoas do sexo oposto no início da manhã e tarde […]

Casos de abusos sexuais em aplicativos de transporte acontecem em uma quantidade assustadora, não só no Brasil como no mundo todo. A Didi Chuxing, principal plataforma de transporte via app da China e dona da 99, anunciou nesta semana que irá proibir o transporte de pessoas do sexo oposto no início da manhã e tarde da noite.

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A regra é uma das medidas adotadas pela Didi depois que uma mulher de 21 um anos foi supostamente assassinada por um motorista que utilizava a conta de seu pai no aplicativo.

A companhia também removeu um sistema de classificação de passageiros, que permitia que motoristas classificassem clientes com adjetivos como “adorável” ou “linda”, tornou os dados pessoais de passageiros anônimos e pretende incluir uma funcionalidade de compartilhamento de corrida com contatos de emergência.

Os motoristas agora precisam passar por um teste de reconhecimento facial para cada corrida, em uma tentativa de verificar que a pessoa que está dirigindo é a mesma associada à conta do motorista no aplicativo.

As novas medidas não significam que os motoristas serão obrigados a pegar apenas passageiros do mesmo sexo; a restrição vale apenas das 5h às 6h e das 22h às 0h.

Não é a primeira vez que a Didi implementa limitações em seus serviços. Em maio, após outro assassinato de um passageiro, foram suspensas as corridas entre 22h e 6h, para avaliar o impacto na segurança. A empresa tem tido também algumas ideias malucas na tentativa de se proteger de problemas judiciais, entre elas a gravação de áudio em todas as corridas, a partir do consentimento dos passageiros, para ajudar a resolver potenciais conflitos.

Apesar de bem intencionada, a medida parece ser paliativa, afinal, abusos sexuais não têm hora marcada para acontecer e nem sempre envolvem pessoas de sexos opostos.

[Reuters]

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