China e Rússia anunciam usina nuclear em base na Lua

A construção da usina na Lua faz parte da iniciativa ILRS, a versão sino-russa do programa Artemis.
Imagem: Giz Brasil/Gerada por IA

China e Rússia se juntaram para construir uma usina nuclear na Lua. No início deste mês, os dois países assinaram um tratado para construir a infraestrutura de geração de energia até 2035.

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A construção marca um novo capítulo da corrida espacial lunar pelo local onde os países escolheram para construir a planta.

O reator nuclear da usina será a principal fonte de energia da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), que, inicialmente, será uma base robótica no polo sul da Lua.

Mas tanto a Roscosmos quanto a CSNA, respectivamente as agências espaciais da Rússia e da China, pretendem enviar humanos à base.

Com usina nuclear na Lua, China e Rússia podem afetar Artemis

Embora a construção da usina nuclear seja uma parceria entre Rússia e China, ainda não se sabe se ambos os países vão enviar taiconautas e cosmonautas juntos.

O que se sabe é que o anúncio da construção de uma usina nuclear fortalece ainda mais a parceria geopolítica entre Rússia e China em relação à corrida espacial 2.0.

“A estação conduzirá pesquisas espaciais e testes de tecnologias fundamentais para operações remotas da ILRS visando exclusivamente a presença humana na Lua”, disse a Roscosmos em comunicado.

Ainda de acordo com a agência espacial da Rússia, o reator nuclear da usina da Lua funcionará de maneira autônoma. Yury Borisov, diretor-geral da Roscosmos, afirmou à mídia estatal que a tecnologia “está quase pronta”.

Com a usina nuclear na Lua, a NASA, devido ao programa Artemis, encontrou um concorrente direto. Embora os EUA liderem a iniciativa, o programa conta com a participação de 55 países — incluindo o Brasil.

Além de enviar astronautas de volta à Lua, o programa Artemis também pretende estabelecer uma estação na órbita da Lua. Aliás, a NASA também mira o polo sul lunar.

Contudo, China e Rússia se aproximam cada vez mais e a ILRS já conta com 17 países, incluindo Egito, Venezuela e África do Sul. Em setembro do ano passado, a Índia, por exemplo, demonstrou interesse em se juntar à ILRS.

O projeto quer firmar parcerias com 50 países, 500 instituições de pesquisa científicas e 5.000 pesquisadores para se juntarem a ILRS. Desse modo, além da usina nuclear, a China contará com o apoio de outros países além da Rússia para explorar o satélite.

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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