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China prende mais de mil pessoas ligadas a fraudes com criptomoedas

A notícia foi divulgada no WeChat oficial do Ministério de Segurança Pública da China, que supervisiona a aplicação da lei em todo o país.

Imagem: Philippe Lopez (Getty Images)

Imagem: Philippe Lopez (Getty Images)

Autoridades chinesas fecharam ainda mais o cerco criminosos ligados a criptomoedas. Só na última quarta-feira (8) foram presas mais de 1,1 mil pessoas suspeitas de usar esses tokens digitais para lavagem de dinheiro. A notícia foi divulgada no WeChat oficial do Ministério de Segurança Pública da China, que supervisiona a aplicação da lei em todo o país.

A apreensão abrangeu 23 diferentes províncias e cidades, atingindo mais de 170 “gangues de criminosos”, disse o Ministério. Esta é a quinta etapa do que as autoridades locais apelidaram de “Operação Cartão Quebrado”, que visa reprimir os fraudadores que vendem cartões telefônicos e de crédito através das fronteiras internacionais.

Segundo o Ministério de Segurança Pública da China, os criminosos estão tentando contornar esse cenário usando as criptomoedas para transferir seus fundos e convertê-los entre várias moedas para cobrir seus rastros, dificultando a identificação das gangues. De acordo com a declaração do Ministério, as pessoas apanhadas na última repressão não foram apenas os próprios fraudadores de telecomunicações, mas também pessoas que ofereceram serviços de lavagem de Bitcoin para as empresas criminosas.

As prisões acontecem em meio a uma luta de autoridades chinesas para controlar a criptografia em todo o país. No mês passado, o Conselho de Estado da China divulgou um comunicado observando que o país precisava “reprimir a mineração e o comércio de Bitcoins” como parte dos esforços locais para enfrentar crimes financeiros. Naturalmente, o preço geral do Bitcoin sofreu uma queda quase que imediatamente após o anúncio do governo.

Combate aos crimes envolvendo criptomoedas

No final de 2020, o presidente chinês Xi Jinping pressionou autoridades legais a adotar uma postura mais dura em relação às fraudes de telecomunicações, depois que mais de 30 mil pessoas foram flagradas cometendo tais infrações no primeiro semestre do ano passado.

Normalmente, os golpistas envolvidos com esse tipo de esquema fraudulento utilizam credenciais de contas bancárias roubadas quando precisam lavar dinheiro. Só que nos últimos anos isso se tornou um pouco mais difícil graças às autoridades chinesas estarem cada vez melhores na interceptação de pagamentos antes que os vigaristas possam embolsar o dinheiro sujo.

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