Chineses descobrem novo grupo de hominídeos de “cabeças grandes”

Cientistas chineses sugerem que os primeiros humanos modernos – Homo sapiens  – conviveram com um grupo de hominídeos de “cabeças grandes”: a espécie Homo juluensis. 

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Em um estudo publicado no último mês de novembro, os cientistas chineses afirmam que as características desse grupo de hominídeos, com base nos fragmentos de ossos, são atribuídas ao hominídeo de Denisova. Descoberto em 2008, na Sibéria, o hominídeo de Denisova é uma subespécie de humanos primitivos que viveram na Ásia de 285 a 25 mil anos atrás.

No entanto, os cientistas chineses acreditam ser preciso atribuir as características peculiares desses fósseis a sua própria espécie: os hominídeos de cabeças grandes, ou H. juluensis. 

Isso porque o estudo se baseou na análise de fósseis de hominídeos do leste da Ásia durante o início do período holoceno, sugerindo uma maior diversidade entre as primeiras populações de humanos.

Hominídeos de “cabeças grandes” e suas subespécies

Cinco subespécies que formariam o H. juluensis ao lado de outros hominídeos da Ásia. Imagem: Nature/Divulgação

Além disso, a nova espécie consiste nos fósseis de hominídeos de Xiahe, Xujiayao, Xuchang e Penghu. A maioria desses fósseis foi descoberta na China, na década de 1970. “Coletivamente, esses fósseis representam uma nova forma de hominídeos com cabeças grandes”, diz o estudo.

Desse modo, os cinco fósseis, aparentemente, representam uma nova espécie de hominídeos que, devido à sua grande capacidade craniana, receberam o nome de Homo juluensis. O termo significa “povo das cabeças grandes”.

O nome informal dos hominídeos de cabeças grandes é Juluren. Os cientistas chineses querem classificar a nova espécie para preencher certas lacunas sobre o nosso entendimento em relação aos hominídeos.

Entretanto, a proposta pode causar polêmica, pois os cientistas sugerem que a descoberta e a nova classificação implicariam em um novo modelo da evolução humana.

Aliás, os hominídeos asiáticos não podem ser parte das teorias “lineares” modernas. Em vez disso, os cientistas afirmam que o surgimento do Homo sapiens resultou de uma migração muito mais complexa, bem como reprodução entre espécies, no mundo pré-histórico.