Este chip biodegradável vai monitorar seu cérebro e se “autodestruir” na sequência

Pesquisadores criaram um chip biodegradável que monitora a atividade cerebral e em seguida é absorvido pelo próprio corpo da pessoa.

Bem, gente, nós finalmente chegamos ao ponto de termos chips implantados em nosso cérebro. Quantas obras de ficção científica já nos falaram disso? Não importa: eles estão aí, e podemos ter uma boa ideia de como eles funcionarão graças a um estudo publicado na revista Nature.

Antes que você entre em pânico achando que o governo vai controlar sua mente, saiba que esses chips foram projetados para um propósito bom: ajudar médicos a monitorarem pacientes que recentemente sofreram de algum dano cerebral traumático ou que passaram por uma cirurgia cerebral.

Menor que um grão de arroz, o chip é composto de uma fina e biodegradável placa de sílica. Algumas semanas após a implantação, ele começa a flutuar em seus ossos para obter medições constantes de inchaço, pressão intracranial e temperatura. Tudo isso, enquanto ele é calmamente dissolvido em seu líquido cerebrospinal até todos os átomos do líquido de sílica serem absorvidos pelo seu corpo.

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Um sensor biodegradável que monitora a pressão intracranial e a temperatura; após algumas semanas, ele é absorvido pelo corpo. Via J. Rogers, Universidade de Illinois

Neste novo artigo da Nature, engenheiros da Universidade de Illinois testaram o desempenho do chip em ratos, e descobriram que é comparável à tecnologia moderna de monitoramento de cérebro — a maioria dos equipamentos requer o uso de fios anexados à cabeça. A equipe espera que a tecnologia deles ofereçam aos médicos uma forma menos invasiva de monitorar o cérebro, de modo a reduzir os riscos de infecção pós-cirurgia. Eventualmente, dizem, o sensor pode ser modificado para monitorar tecidos do cérebro ou outros órgãos.

Então, é tempo de começar a dizer adeus a seu corpo sem chips — claro, se você já tem algum, isso não serve para você. O fato é que os chips estão chegando, e eles vieram para ficar.

[Nature]

Imagem do topo via J. Rodgers, da Universidade de Illinois

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