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Cientistas dissecam a “Fadiga do Zoom”: veja os sintomas dessa doença

Novo estudo aprimorou a pesquisa sobre a nova síndrome detectada no ano passado e alerta que ela ainda pode trazer danos mesmo após a pandemia. Veja qual o grupo mais afetado

Imagem: Reprodução/Unsplash

Com a pandemia da Covid-19, tivemos que nos adaptar a novos modelos de trabalho. E também a lidar com as consequências dessas adequações. As videoconferências realizadas em plataformas como Microsoft Teams, Meet, Skype e Zoom tornaram-se essenciais.

Logo, solidão e o afastamento dos colegas de trabalho culminaram em uma nova síndrome detectada por cientistas em meados de 2021, a denominada “Fadiga do Zoom”. É o nome usado para descrever o uso excessivo das reuniões de trabalho por vídeo. O Zoom, talvez por ser uma das plataformas mais populares, acabou ficando com o nome.

Se você se identificou com essa situação, saiba quais são os sintomas:

Novo estudo

À medida que os meses de pandemia vão se passando, são necessárias novas pesquisas e estudos para o entendimento dessa nova síndrome. Assim, um grupo de pesquisadores publicou um novo estudo na revista “Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking“.

Eric Elbogen, PhD da Escola de Medicina da Duke University, Durham, EUA, e os coautores escolheram como critérios para a pesquisa a idade mínima de 22 anos, renda anual menor que RS$ 75 mil. O levantamento levou em consideração os dados do censo dos EUA sobre região geográfica, idade, sexo, raça e etnia.

Um grupo pesquisado teve resultados relevantes: pessoas casadas, de raça não branca e com ensino superior, tiveram maior incidência de doença mental grave, maior solidão, menor apoio social, falta de dinheiro para alimentação e mais videoconferências semanais. Os sintomas depressivos demonstraram uma associação significativa com a “Fadiga do Zoom”.

O estudo também aponta uma correlação com a frequência e a duração das reuniões. Ou seja, quanto mais tempo se passa nestas videoconferências maior a chance de adquirir a síndrome.

A pesquisa alerta também para a perspectiva desse síndrome continuar mesmo após a pandemia do coronavírus. São grandes as chances desse chamado “novo normal” afetar negativamente a qualidade de vida, a saúde mental e a produtividade no trabalho.

 

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