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Cientistas criam enorme árvore da vida que relaciona 2,3 milhões de espécies

Uma tentativa de criar uma árvore que una todos os seres vivos do planeta Terra.

Seres humanos, bactérias e plantas: há uma diversidade imensa de seres vivos na superfície da Terra, mas tente traçar a origem de todos eles e você provavelmente chegará a um ancestral em comum. E, pela primeira vez na história, cientistas desenvolveram uma árvore da vida que une a todos nós.

Um rascunho da One Tree, publicado na Proceedings of the National Academies of Sciences, inclui cerca de 2,3 milhões de espécies nomeadas de animais, plantas, fungos e micróbios. Ela mostra como os ramos principais se relacionam entre si e traça a origem de cada grupo individual até a sopa prebiótica de 3,5 bilhões de anos atrás.

“Essa é a primeira tentativa real de ligar os pontos”, disse Karen Cranston, da Universidade Duke. “É como se fosse uma versão 1.0”.

Essa árvore genealógica das formas de vida na Terra está sendo considerada um rascunho de 3,5 bilhões de anos de história de como evoluímos e divergimos.

Para construir a árvore, os pesquisadores compilaram milhares de pequenas árvores que já haviam sido publicadas online. Um dos maiores desafios era lidar com os diferentes nomes taxonômicos, com a escrita variada e erros de digitação que possam ter passado por artigos científicos. Uma confusão estranha nesse sentido foi, por exemplo, que em certo ponto tamanduás compartilham o nome científico com moreias.

A árvore seguirá sendo atualizada com o passar do tempo, é claro – cientistas ainda estão descobrindo novas espécies de plantas, animais e fungos, e com o nosso crescente arsenal de ferramentas de sequenciamento genético, estamos finalmente começando a destrinchar a vasta diversidade do mundo microbiano. A equipe por trás do projeto da árvore genealógica está desenvolvendo ferramentas de software que permitirão a pesquisadores revisar tudo conforme novos dados são coletados.

Enquanto isso, os nerds da biologia ganharam uma árvore de informações para explorar. Ela está disponível em tree.opentreeoflife.org. Você pode ler o artigo científico aqui: [PNAS via PhysOrg]

Foto por katsrcool/Flickr

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