_Paleontologia

Cientistas apresentam dinossauro batizado em homenagem ao Museu Nacional

O fóssil foi encontrado em 2008 na bacia sedimentar do Araripe, em Santana do Cariri, no Sul do Ceará e foi batizado como Aratasaurus museunacionali. Os paleontólogos encontraram fragmentos de ossos e garras do membro inferior esquerdo do animal.

Representação artística do Aratasaurus museunacionali

Representação artística do Aratasaurus museunacionali. Crédito: Maurilio Oliveira

Pesquisadores da Universidade Regional do Cariri (Urca) , da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Museu Nacional da UFRJ publicaram a descrição de uma nova espécie de dinossauro na revista Scientific Reports.

O fóssil foi encontrado em 2008 na bacia sedimentar do Araripe, em Santana do Cariri, no Sul do Ceará e foi batizado como Aratasaurus museunacionali. Os paleontólogos encontraram fragmentos de ossos da pata direita traseira e garras do membro inferior esquerdo do animal.

Ossos da pata direita traseira do Aratasaurus museunacionali. Crédito: Museu Nacional/Agência Brasil

De acordo com a pesquisa, o Aratasaurus é membro do grupo de carnívoros que viveu há 115 milhões ou 110 milhões de anos, no período Cretácico Inferior, tornando-o o dinossauro mais antigo já descoberto no Ceará.

A análise microscópica revelou que ele ainda estava em fase de crescimento e, com base das dimensões da pata e em comparação com espécies evolutivamente próximas, estimaram que ele media cerca de 3,12 metros com massa entre 34 e 35 kg  e que seu corpo era coberto de penas.

Crédito: Museu Nacional/Agência Brasil

A nova espécie representa a primeira ocorrência do grupo Coelurosauria na Bacia de Araripe, sugerindo uma distribuição maior desse grupo de dinossauros durante o Cretácico Inferior. A espécie brasileira possui similaridades morfológicas com outros que viveram Cretáceo Superior na América do Norte e Ásia.

O nome Aratasaurus museunacionali foi dado em homenagem ao Museu Nacional, que pegou fogo em setembro de 2018 e teve seu acervo comprometido. O fóssil da espécie estava lá, mas em uma área que não foi atingida pelo fogo – em um prédio anexo, em vez do palácio.

Agora, o fóssil encontrado ficará em exposição no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri, no interior do Ceará.

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