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Cientistas podem ter revelado granada usada nas Cruzadas

Análises químicas indicam que cerâmicas achadas em Jerusalém estavam recheadas de material explosivo. E é provável que elas tenham sido usadas em campanhas militares da Igreja Católica entre o séculos 11 e 13

Granada Cruzadas

Imagem: Robert Mason/Museu Real de Ontário/Reprodução

Pesquisadores da Universidade de Lakehead, no Canadá, analisaram fragmentos de quatro vasos de cerâmica encontrados em Jerusalém entre 1961 e 1967. O objetivo era descobrir quais produtos eram armazenados nos recipientes, que datam do século 11 e 12.

Os fragmentos, que estavam guardados no Museu Real de Ontário, tinham diferentes cores e ornamentos. Mas o que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi um vaso cinza claro por dentro e por fora, que possuía estrutura grossa e sem decorações. 

Restos de possível granada utilizada na época das Cruzadas. Imagem: Robert Mason/Museu Real de Ontário/Reprodução

Sua análise revelou vestígios de enxofre, mercúrio, magnésio, nitratos, fósforo, cálcio, chumbo e ferro. Tais elementos podem indicar a presença de óleos vegetais, gorduras animais ou, mais estranho ainda, combustível para uma granada. 

Por enquanto, os cientistas estão apostando na última opção. Eles acreditam que a granada tenha sido usada durante o período das Cruzadas – movimentos militares organizados pela Igreja Católica entre os séculos 11 e 13. Na época, bombas como estas foram relatadas por produzirem ruídos altos e flashes de luz.

Os pesquisadores chegaram a supor que os resíduos se tratavam de pólvora negra, explosivo inventado na China e introduzido no Oriente Médio e na Europa durante o século 13. Porém, a pesquisa remete a um explosivo produzido localmente. O estudo completo foi publicado na revista científica PLOS One

Os outros vasos de cerâmica parecem ter sido utilizados para guardar medicamentos, óleos, material perfumado, entre outros produtos cotidianos.

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