Cofundador do WhatsApp investe grana alta no Signal para tornar criptografia mais acessível

Os criadores do Signal, app de mensagens criptografadas usado pela comunidade de segurança — assim como jornalistas, ativistas e outros que tentam evitar a vigilância de governos — anunciaram nesta quarta-feira (21) uma grande mudança na organização. Com a ajuda do cofundador do WhatsApp Brian Acton (favor não confundir com o Jélysson), o Signal lançou […]

Os criadores do Signal, app de mensagens criptografadas usado pela comunidade de segurança — assim como jornalistas, ativistas e outros que tentam evitar a vigilância de governos — anunciaram nesta quarta-feira (21) uma grande mudança na organização.

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Com a ajuda do cofundador do WhatsApp Brian Acton (favor não confundir com o Jélysson), o Signal lançou a The Signal Foundation, uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de criar a próxima geração da tecnologia de privacidade de código aberto. Em um comunicado conjunto, Moxie Marlinspike, o fundador da Open Whisper System, organização por trás do desenvolvimento do Signal, disse que o plano era “ampliar a missão do Signal de fazer a comunicação privativa acessível e onipresente.”

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Marlinspike ainda anunciou que Acton investiu US$ 50 milhões do próprio bolso para a recém criada entidade. “Isso significa menos incertezas no caminho de sustentabilidade, e o fortalecimento de nossos valores e objetivos de longo termo”, disse. A contribuição de Acton, continua, vai ajudar a trazer “engenheiros incrivelmente talentosos e visionários com décadas de experiência em desenvolver produtos de sucesso” para a equipe do Signal.

Brian Acton, que é programador e ex-aluno de Stanford, anunciou que sairia do WhatsApp em setembro do ano passado. Em 2014, o Facebook comprou o WhatsApp por US$ 19 bilhões.

É importante ressaltar que o WhatsApp, ao aderir à criptografia de ponta a ponta, aderiu ao protocolo de proteção de mensagens usado pelo Signal.

Acton, que será o principal executivo da entidade sem fins lucrativos, informou que seu objetivo é fazer a Signal Foundation auto-sustentável e que concorda com a crença de Marlinspike de que uma instituição nesses moldes é a melhor forma de atingir isso.

“Nós acreditamos que existe uma oportunidade de agir em prol do interesse do público e fazer uma contribuição significante para a sociedade ao desenvolver uma tecnologia sustentável que respeita os usuários e que não seja baseada na exploração de dados pessoais”, escreveu Acton. “O Signal sempre foi um projeto colaborativo com uma forte comunidade, e nós vamos continuar a aprender com nossos usuários e a fazer experimentos juntos.”

Por fim, o ex-executivo do WhatsApp afirmou que embora a Signal Foundation inicialmente estará concentrada em formar uma equipe para o Signal e melhorar o app, a longo prazo a fundação buscará “fornecer múltiplas ofertas” alinhadas a missão principal da instituição.

O Signal conta com o apoio de pessoas como Edward Snowden, ex-técnico da NSA que revelou o sistema de vigilância em massa do governo dos EUA”, e Matt Green, da Johns Hopkins University e notório pelo seu trabalho sobre criptografia. O app está disponível para Android, iPhone e desktop.

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