
Com astro de “Parasita”, novo filme coreano retrata a arte de fazer cinema

Estreia nesta quarta-feira (12), no Brasil, o longa-metragem “Na Teia da Aranha”, do diretor sul-coreano Kim Jee-woon, do indicado ao Oscar “A Era das Sombras”. O filme estrela Song Kang-ho, do premiado “Parasita”, e foi destaque na Seleção Oficial do Festival de Cannes, fora da competição. A convite da Pandora Filmes, o Giz Brasil já assistiu à produção e te conta o que esperar. Acompanhe:
Ambientada nos anos 1970, durante o regime militar da Coreia do Sul, a comédia dramática segue o cineasta Kim. Depois de uma estreia de sucesso, ele sofre ataques dos críticos e, após terminar um novo trabalho, passa a ter sonhos vívidos com um final alternativo.
A fim de transformar seu filme em uma obra-prima, ele briga por dois dias de filmagem adicional, mas enfrenta dificuldades para que o roteiro passe pela censura.
A metalinguagem em “Na Teia da Aranha”
Apontado como o grande trunfo da obra, está o uso do metacinema para homenagear a sétima arte na Coreia, sobretudo em um contexto de opressão. Para conseguir isso, ela alterna entre cenas da “vida real”, em cores, e da “ficção”, em preto e branco. Dessa forma, facilita a identificação de cada trama e evita que o público se perca entre os acontecimentos.
A intersecção entre ambas é muito bem feita, aliás, alternando entre momentos de puro drama e comédia nas diferentes sequências. Não só Song Kang-ho é um bom ator, como também seus colegas de elenco, que incluem Im Soo-jung, Oh Jung-se, Jeon Yeo-been, Krystal Jung. Isso, por vezes, torna a trama “secundária” até mais interessante que a de Kim.
Embora seja um pouco mais longo do que o necessário, com 2h15 de duração, o roteiro evolui com o passar do tempo, de modo que o filme melhora do meio para o final. No mais, com sua visão do trabalho do diretor, dos atores e do trabalho dos bastidores que torna um filme possível, “Na Teia da Aranha” é uma obra para os que amam cinema.
Assista ao trailer abaixo: