Com CDCiber, Exército promete proteger ciberespaço nacional
Veja bem, o termo ciber somado a outra palavra é algo bem ultrapassado — ciberespaço, ciberataque, cibermanos — mas ainda é a melhor forma de imaginar todo o espaço que envolve a internet no Brasil. E, olha, a área é enorme. E ela está sujeita à ataques, como todos os países, de hackers do mal que querem segredos militares ou de estado. Assim, as Forças Armadas criarão o Centro de Defesa Cibernética, o CDCiber.
O cenário de governos e militares sofrendo ataques hackers aumenta cada vez mais. Recentemente, o Google confirmou um ataque em diversas contas de Gmail, que incluíam políticos, ativistas e militares. O remetente da obra vinha da China, e uma possível nova crise política surge entre os dois países — os militares americanos falam sobre um novo sistema de proteção internacional da internet, e dizem até que retaliações podem ocorrer, até no campo físico.
O Brasil, em termos militares e de altas confusões no âmbito internacional, é um país bem pacífico. Mesmo assim, as Forças Armadas preparam a criação do Centro de Defesa Cibernética. Em entrevista ao Estadão, o coronel Luís Cláudio Gomes Gonçalves disse que a ideia é unificar as medidas que Exército, Marinha e Aeronáutica já tinham, para facilitar o processo de proteção.
O CDCiber terá como foco principal à defesa de máquinas governais e militares, e fará análises e testes curiosos: Gonçalves cita que haverá um “simulador de guerra” e um “laboratório de análises de artefatos maliciosos” (leia-se, os vírus, agora virtuais). Ainda segundo ele, o Brasil está muito bem em termos de software de proteção, mas ainda está alguns passos atrás quando o assunto é hardware.
Resta saber que tipo de ações o CDCiber fará, caso descubra ataques complexos. O principal problema atual de lidar com ataques assim é conseguir traçar um paralelo para entender se havia motivos políticos, ou se algum governo estava por trás do caso — como os EUA dão a entender no caso chinês. Mesmo assim, é bom saber que o Brasil está de olho no que é chamado de “novo formato de guerra”. [Estadão; valeu, Julio Botelho!]