Como a Apple comprou a marca registrada do iPad

A Proview — antiga dona da marca iPad na China — está processando a Apple, na Califórnia, por “fraude por deturpação intencional, fraude por ocultação, indução fraudulenta e concorrência desleal”. Faz sentido o que eles alegam? Entenda o que a Apple fez e tire suas próprias conclusões: • Primeiro, a Apple contratou uma empresa britânica chamada […]

A Proview — antiga dona da marca iPad na China — está processando a Apple, na Califórnia, por “fraude por deturpação intencional, fraude por ocultação, indução fraudulenta e concorrência desleal”. Faz sentido o que eles alegam? Entenda o que a Apple fez e tire suas próprias conclusões:

• Primeiro, a Apple contratou uma empresa britânica chamada Farncombe International. O diretor da empresa chama-se Graham Robinson.

• A Farncomble International criou uma nova empresa chamada IP Application Development Limited (junte as siglas, ignore o L) para negociar a compra da marca registrada do iPad, da Proview.

• Um mês antes do lançamento do iPad, Robinson entrou em contato com a Proview usando o nome Jonathan Hargreaves, deixando claro seu interesse em comprar os direitos da marca IPAD. A Proview Electronics Company Ltd. é uma produtora taiwanesa de delas para computadores e aparelhos como tablets e smartphones.

• A Proview questionou Robinson/Hargreaves sobre os motivos pelos quais sua empresa queria comprar os direitos de marca. Em resposta via e-mail, fornecido pela Proview: “trata-se de uma abreviação da empresa chamada IP Application Development Limited.”

• A Proview pressionou Robinson/Hargreaves, questionando a natureza dos negócios da empresa. Sua reposta:

“[A IPAD Ltd.] é uma nova empresa, e tenho certeza que você consegue entender que nós ainda não estamos prontos para tornar público os negócios da empresa, já que nós ainda não fizemos nenhum anúncio público.”

• Ele ainda adicionou: “Como disse em minha última mensagem, posso garantir que a empresa não competirá com a Proview.”

A Proview argumenta — e se tais e-mails apresentados à Justiça da Califórnia forem reais, nós concordamos — que as afirmações do agente da Apple foram falsas. Eles creem que isso constitui em “fraude por deturpação intencional, fraude por ocultação, indução fraudulenta e concorrência desleal”.

Nós não sabemos se o tribunal irá concordar com eles, mas sem dúvida há algo bem sujo nessa tática. Fico pensando onde mais eles usaram tal truque, que não é algo incomum nas táticas de grandes corporações.

Philip Elmer-DeWitt entrou em contato com a Apple e a empresa não negou o relato da Proview. A empresa apenas forneceu o mesmo posicionamento que vem usando desde que o processo na China começou:

Nós compramos os direitos da marca iPad da Proview para 10 países diferentes há alguns anos. A Proview se recusa a honrar seu acordo com a Apple na China e um tribunal de Hong Kong deu parecer favorável à Apple sobre o caso. O caso continua pendente na China.

Ah, Steve, seu malandrinho. [Press Release via Apple 2.0]

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