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Como drones de entrega podem salvar vidas na África

Qual é a primeira coisa que vem à sua cabeça quando você ouve a palavra “drone“? Podem ser máquinas assassinas, ou quadcópteros de reconhecimento. Para inúmeras pessoas na África, pode ser um pequeno objeto que traz carga para salvar a vida. Na segunda-feira, os organizadores do Flying Donkey Challenge anunciaram os primeiros 33 participantes em […]

Qual é a primeira coisa que vem à sua cabeça quando você ouve a palavra “drone“? Podem ser máquinas assassinas, ou quadcópteros de reconhecimento. Para inúmeras pessoas na África, pode ser um pequeno objeto que traz carga para salvar a vida.

Na segunda-feira, os organizadores do Flying Donkey Challenge anunciaram os primeiros 33 participantes em uma série de eventos que culminará em uma corrida de drones ao redor do Monte Quênia e um prêmio multi-milionário em dólares para o vencedor. Este grupo específico vem de todo o mundo e vai competir em um subdesafio a partir de 8 de novembro até o dia 16 de novembro, mas o desafio final será realizado apenas em 2020. Por enquanto, cada equipe propôs um design para um “burro voador”, um veículo aéreo não tripulado capaz de entregar e coletar cargas que pesam cerca de 20kg.

A ideia primordial, aqui, é óbvia: construir um drone de carga e levar mais carga para mais gente na África.”A tecnologia de drones comerciais têm um forte potencial para ajudar a superar as limitações da infraestrutura de transporte do continente e entregar bens e serviços em regiões remotas – desenvolvendo assim novos modelos de negócios e entrega de serviços”, explicou Kamal Bhattacharya, diretor da IBM Research, em um press release.

Não pense em drones que entregam cerveja, e sim que entregam medicamentos. Comida também é uma opção, claro, mas a carga é bem limitada. Provavelmente seria necessário uma pequena frota para alimentar uma aldeia por uma quantidade prolongada de tempo.

A África certamente tem um problema de infraestrutura, um problema que é agravado pelo fato da população da África crescer mais rápido do que a infraestrutura necessária para apoiá-la. Isso só vai piorar nos próximos anos, e é precisamente este o motivo da existência do Flying Donkey Challenge. E, se tudo ocorrer como o planejado, os participantes construirão tecnologias que podem tornar a vida melhor para algumas pessoas na África. No entanto, isso é um grande “se”.

Céticos rapidamente vão apontar para quão improvável é o fato desses projetos se tornarem realidade um dia. Anunciar um projeto ambicioso envolvendo uma palavra chamativa como “drones” é uma coisa, mas orquestrar todos os detalhes para tornar o programa viável é outra. Veja o plano do Facebook de oferecer internet móvel para comunidades isoladas na África. É um grande projeto que vai ser finalizado com milhares de pessoas em regiões remotas da África navegando na internet? Ou é apenas mais uma bela estratégia de marketing

Os parceiros envolvidos no Flying Donkey Challenge envolvem grandes nomes, como a Swiss WorldCargo, a divisão de transporte aéreo de carga da Swiss Airlines, assim como o Centro Nacional de Pesquisa em Robótica da Suíça. Quaisquer que sejam as intenções, será interessante ver quais inovações serão criadas, e, se elas forem realmente boas, em dez anos, esses burros de carga voadores entregarão comida e medicamentos por todo o continente. E, novamente, esse é um grande “se”. [Robohub]

Imagem via Flying Donkey Challenge

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