
Como em sci-fi: cientistas criam hologramas interativos
A projeção holográfica é um conceito considerado “futurista” e bem distante da nossa atual realidade, mas que está bastante presente na ficção. Muitas produções do gênero sci-fi já abordaram a tecnologia que, quando representada nas telonas, é normalmente utilizada por sociedades mais avançadas tecnologicamente.
Agora, estamos cada vez mais perto de ver esta tecnologia na realidade. Uma equipe de cientistas da Universidade Pública de Navarra, localizada em Pamplona, na Espanha, desenvolveu uma solução de geração de hologramas com os quais é possível interagir fisicamente com a projeção. Ou seja, é um avanço bem impressionante e difícil de não comparar com obras hollywoodianas.
Além de visualizar objetos tridimensionais é possível interagir com eles utilizando as mãos. Cientistas trabalham com hologramas há bastante tempo, mas esta é a primeira vez que se tem notícia sobre um projeção holográfica que permite interações físicas. Veja o vídeo:
Hologramas interativos
Atualmente, já existem sistemas de projeção holográfica bastante populares no mercado. Empresas como Voxon Photonics ou da Brightvox Inc. são referências no uso da tecnologia, mas ainda não oferecem possibilidade de interações manuais.
Normalmente, painéis volumétricos de varredura geram os hologramas. Na prática, as imagens são geradas em camadas projetadas quase três mil vezes por segundo sobre um difusor que, por sua vez, gera uma visualização tridimensional do objeto em exibição.
Tentar interagir com este tipo de solução, no entanto, pode causar um ferimento grave ou danificar o equipamento. A grande novidade trazida pelos cientistas espanhóis é que o material do difusor, comumente frágil, foi substituído por um componente com propriedades flexíveis, que não oferece riscos à integridade física das pessoas.
Em comunicado de imprensa, a equipe ainda destaca possíveis aplicações práticas da tecnologia em ambientes em que várias pessoas podem visualizar elementos com gráficos tridimensionais sem necessidade de utilização de óculos 3D.
“Vários usuários podem interagir colaborativamente sem a necessidade de óculos de realidade virtual. Esses displays podem ser particularmente úteis em museus, por exemplo, onde os visitantes podem simplesmente se aproximar e interagir com o conteúdo”.
Com a tecnologia desenvolvida pelos espanhóis, é possível não apenas tocar nos objetos, mas também movê-los livremente. Para o futuro, a equipe segue buscando trazer novos recursos para o projeto, como feedback tátil, pro exemplo, que tem potencial de melhorar ainda mais a experiência.