Como está a segurança do seu Google Chrome? Talvez seja hora de ativar a proteção aprimorada. As violações de dados no navegador saltaram 14% no 1º trimestre de 2022 em comparação com todo o ano passado.
Segundo o Google, quem ativa a camada de proteção extra tem 35% menos probabilidade de ser vítima de golpes de phishing –crime virtual que engana usuários para que compartilhem informações confidenciais.
A big tech aumentou suas preferências de segurança ainda em 2020 e lançou uma série de atualizações no ano passado.
A proteção aprimorada não é ativada automaticamente: é preciso que o usuário acesse as configurações se quiser segurança extra. Veja como.
Como ativar a proteção aprimorada no Google Chrome
- Abra o Chrome no computador ou dispositivo Android
- Clique nos três pontos do canto superior direito
- Clique em “Configurações”
- Clique em “Privacidade e segurança”
- Vá em “Segurança”
- No computador, acesse “Proteção aprimorada”. No smartphone Android, estará como “Navegação segura”
Imagem: Google Chrome/Reprodução
Fique atento: ativar a proteção em um dispositivo não transfere a mesma configuração em outros aparelhos. Por isso, é importante selecionar a proteção em todos os equipamentos, seja computador ou smartphone. O Google ainda não incluiu a navegação aprimorada para iOS.
Qual a diferença?
Ao definir pela segurança aprimorada, o Google Chrome verifica em tempo real se os sites acessados podem ser sites de phishing. Esses endereços web reproduzem quase que literalmente sites reais para que usuários deem suas informações, como e-mails, telefones e, em casos mais perigosos, números de cartões de crédito e senhas bancárias.
Essa camada de proteção ajuda os usuários a não fornecerem essas informações a agentes mal-intencionados.
Outra funcionalidade é que a proteção aprimorada informa se o download de extensões da Chrome Web Store são, ou não, confiáveis. As extensões confiáveis seguem as políticas do programa de desenvolvedores do Google Chrome.
A segurança aprimorada também verifica os arquivos antes de baixá-los. Se forem arriscados ou claramente inseguros, o Chrome sugere o envio para o Google fazer uma análise mais completa. As verificações e análises devem ser rápidas, em questão de minutos.
Há desvantagens?
Alguns pontos podem não agradar a todos os usuários, como mostrou análise do site CNET. Quando ativamos a proteção aprimorada, passamos a compartilhar mais dados com o Google. A big tech diz que isso existe para adequar as proteções em tempo real e que os dados são anônimos –mas há controvérsias.
Um estudo das universidades Princeton e Stanford, porém, apontou que mesmo dados anônimos –incluindo o histórico de pesquisa –podem ser vinculados a perfis de mídia social a partir de dados públicos disponíveis. Isso também vale para a aba anônima, ok?
Outro ponto a desfavor é que a proteção aprimorada pode prejudicar os desenvolvedores. Os profissionais que desenvolvem extensões, por exemplo, precisam esperar que o Google diga que o produto é confiável. E a companhia exige muitos fatores antes de fazer isso –inclusive que os desenvolvedores sigam as políticas por meses.
