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Como o Facebook tenta (e meio que falha de propósito) capturar pedófilos

Tarados vêm usando redes sociais para encontrar crianças e jovens faz tempo. Mas você sabia que o Facebook tem software dedicado a monitorar e impedir essa prática? E que ele é propositalmente ineficaz? Aqui um trecho surpreendente sobre o Facebook da detalhada reportagem da Reuters sobre como redes sociais tentam proteger as crianças: “‘Nunca quisemos […]

Perigo nas redes sociais.

Tarados vêm usando redes sociais para encontrar crianças e jovens faz tempo. Mas você sabia que o Facebook tem software dedicado a monitorar e impedir essa prática? E que ele é propositalmente ineficaz?

Aqui um trecho surpreendente sobre o Facebook da detalhada reportagem da Reuters sobre como redes sociais tentam proteger as crianças:

“‘Nunca quisemos configurar um ambiente onde tivéssemos funcionários olhando comunicações privadas, então é realmente importante que usemos tecnologias que tenha uma taxa de falsos-positivos muito baixa,’ disse [o diretor de segurança do Facebook, Joe Sullivan]. Além disso, o Facebook não sonda com profundidade o que ele acredita ser relações pré-existentes.

Uma baixa taxa de falsos-positivos, porém, também significa que muitas comunicações perigosas passam despercebidas.

Alguns adultos têm usado o Facebook para encontrar dezenas de menores antes de abordar um ou mais e, depois, serem identificados por suas vítimas ou seus pais, mostram registros da justiça.

‘Eu sinto que para cada um que prendemos, outros dez passam pelo sistema,’ disse Duncan, da Florida, sobre informações passadas pelo Facebook e outras empresas.”

É um dilema. De um lado, tagarelas como nós crucificam o Facebook sempre que qualquer coisa relacionada à privacidade emerge. E com razão — o Facebook e outros serviços sociais têm em mãos uma quantidade enorme dos nossos dados particulares e com frequência parecem se esquecer do quão violado eles fazem a gente se sentir. Ninguém quer funcionários do Facebook lendo transcrições dos nossos bate-papos se não for necessário.

Mas a opinião pública muda quando entram em cena pessoas que abusam de crianças, porque há histórias de terror verdadeiras por aí. Aceitaríamos numa boa com o Facebook lendo milhões de inocentes-mas-idiotas transcrições de sexo virtual entre universitários ou adultos tristes se ele esbarrasse com aquela figura hipotética em proporção 5/10? Ou 8/10? É difícil dizer.

É difícil, também, impor que as leituras de transcrições não sejam usadas de forma irresponsável — as pessoas costumam ser, afinal, idiotas e cruéis —, mas da mesma forma é complicado ignorar a possibilidade de crimes sexuais contra menores estarem acontecendo. Se estiver bom no inglês, leia o resto do texto, que felizmente traz alguns pontos positivos, no link ao lado. [Reuters. Desenho do Pedobear por Jim Cooke; imagem original de Richard Laschon/Shutterstock.]

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