Pode ter demorado uma década, mas Nova York finalmente tem um monumento digno para prestar tributo àqueles que perderam as suas vidas em 11 de Setembro de 2001.
O design
O processo para escolher o novo memorial de 11/9 se tornou a maior competição de design da História. Mais de 5.200 ideias de 63 países e de todos os estados da América foram submetidas ao júri de 13 membros representando um amplo espectro de pontos de vista – de arquitetos renomados a parentes de vítimas. Cada proposta foi avaliada nos termos da sua adequação à missão do memorial, e a vencedora, chamada Reflecting Absence, veio do arquiteto nova-iorquino Michael Arad. E, com um orçamento de US$ 500 milhões, trata-se do memorial público mais caro já erguido em solo americano.
O memorial ocupa aproximadamente metade dos 6,5 hectares um dia ocupados pelo World Trade Center e tem como destaque duas enormes cachoeiras sobre tanques reflexivos instalados no lugar dos prédios originais. O design tem como proposta transmitir um espírito de esperança e renovação, enquanto relembra as vidas perdidas nos atentados de 2001 e também de 1993.
Como declarou o então governador George Pataki na cerimônia de revelação do design em 2004:
Tudo o que fizermos em Lower Manhattan é em memória daqueles que perdemos em 11 de Setembro e no atentado de 1993. A totalidade da área de 6,5 hectares será um memorial vivo, com o Reflecting Absence servindo como peça central. Este memorial será um local especial para relembrar as milhares de vidas interrompidas e o espírito e amor à liberdade que prevalece. Futuras gerações poderão refletir sobre a enorme perda e entender a nosso compromisso de jamais esquecer dos heróis destes eventos trágicos.
A praça
As árvores escolhidas vieram quase todas de um raio de 800km do complexo do WTC, e o resto foi colhida na Pensilvânia, em Maryland e em áreas afetadas pelos ataques. O carvalho branco do pântano (Quercus bicolor) foi escolhido precisamente pela sua longevidade – ele vive, em média, de 300 a 350 anos –, beleza natural, com folhas que variam do rosa ao dourado no outono, impressionante altura e natureza resiliente.
As árvores poderão crescer a alturas que se aproximam dos 20 metros – apesar de que, sendo árvores, elas nunca estarão todas exatamente do mesmo tamanho. Assim como o sistema de resfriamento do próprio WTC, a maioria da irrigação usada na praça usará água de chuva coletada e armazenada em tanques subterrâneos. Dentro do parque, o design chama uma pequena clareira chamada Memorial Glade – para uso em cerimônias e funções cívicas – assim como um espaço separado para a Survivor Tree (“Árvore Sobrevivente”), uma pereira-de-jardim que conseguiu sobreviver aos ataques e à toda a destruição ao seu redor.
As cachoeiras
O museu
Jamais esquecer
A Praça do Memorial foi aberta neste 11 de Setembro de 2011, em uma cerimônia privada para as famílias das vítimas, e ao público hoje.