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Como os olhos evoluíram de pequenos buracos para órgãos complexos?

Há 500 milhões de anos, nossos olhos eram apenas pequenas cavidades com a habilidade de detectar a direção da luz que chegava a eles. Essa cavidade evoluiu drasticamente, transformando-se nos órgãos complexos que conhecemos hoje. Mas… como isso aconteceu? Este vídeo curtinho do TedEd explica cientificamente. Resumidamente, ao longo do tempo nossos olhos se desenvolveram […]

Há 500 milhões de anos, nossos olhos eram apenas pequenas cavidades com a habilidade de detectar a direção da luz que chegava a eles. Essa cavidade evoluiu drasticamente, transformando-se nos órgãos complexos que conhecemos hoje. Mas… como isso aconteceu? Este vídeo curtinho do TedEd explica cientificamente.

Resumidamente, ao longo do tempo nossos olhos se desenvolveram no sentido de captar mais e melhor a luz e, depois disso, no de melhorar a resolução das imagens formadas na retina. De certa forma, a evolução dos nossos olhos é similar à da fotografia – do início com as câmeras do tipo pinhole, as melhorias na captura da luz e o tratamento da imagem que chega à nossa retina invertida. É um órgão tão complexo que desafiou até mesmo o pai da teoria da evolução; Charles Darwin declarou que a ideia de que os olhos tenham passado pelo processo evolutivo parecia “absurda no mais alto grau possível.”

Apesar da descrença de Darwin, foi exatamente isso o que aconteceu. No início, os “olhos” eram apenas um ponto de luz, um aglomerado de proteínas sensíveis que era ativado quando encontrava luz – e, consequentemente, alimento. O formato côncavo foi o passo seguinte, e ajudava a detectar melhor a direção da luz. Depois disso, a cavidade ocular cresceu e a abertura frontal, diminuiu, gerando o efeito pinhole que aumentou dramaticamente a resolução da visão e diminuiu as distorções.

Depois disso foi a vez da lente, ou da nossa córnea, surgir. A teoria mais aceita, segundo o vídeo, é de que ela evoluiu de uma camada de células transparentes formada na frente dos olhos para prevenir infecções. Ela permitiu que o globo ocular fosse preenchido com fluídos, o que aumentou a sensibilidade à luz. Proteínas cristalinas que se formaram na superfície se provaram úteis para focar a luz em um único ponto na retina. A íris, a parte colorida dos olhos, funciona como o diafragma de uma câmera, controlando a quantidade de luz que entra nos olhos.

Em paralelo, nossos cérebros também evoluíram, especialmente o córtex visual. Da mesma forma que não basta um monitor de altíssima resolução sem uma placa de vídeo decente, essa parte do cérebro melhorou para poder processar as imagens cada vez melhores fornecidas pelos globos oculares.

Depois disso o vídeo, que infelizmente está disponível apenas em inglês, mostra como os olhos variam dentro do reino animal. Dependendo do habitat e das necessidades específicas de cada um, esse fascinante órgão ganhou características adequadas a cada bicho. O que vem a seguir? Ainda é cedo, mas o autor Joshua Harvey prevê que os avanços da ciência permitirão a nós mesmos darmos o próximo passo na evolução dos olho – e já tem gente pesquisando e entregando resultados nessa área.

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