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Como um CD com músicas da Lady Gaga ajudou a vazar milhares de documentos confidenciais dos EUA

Exatamente 251.287 documentos de 250 embaixadas e consulados dos EUA foram divulgados ontem pelo site Wikileaks, e apesar de não conterem informações especialmente chocantes, ele foi descrito como o maior vazamento de inteligência da história. E foi assim que ele aconteceu:

Exatamente 251.287 documentos de 250 embaixadas e consulados dos EUA foram divulgados ontem pelo site Wikileaks, e apesar de não conterem informações especialmente chocantes, ele foi descrito como o maior vazamento de inteligência da história. E foi assim que ele aconteceu:

De acordo com o jornal inglês The Guardian, um dos veículos da imprensa escolhidos pelo Wikileaks para espalhar as informações, os telegramas foram copiados da rede Sipernet do Departamento de Defesa americano por um soldado de 22 anos, Bradley Manning, que estava trabalhando em uma base do exército próxima a Bagdá, no Iraque.

Manning está preso numa solitária desde abril, depois que seus downloads não-autorizados foram descobertos. De acordo com o soldado, foi muito fácil obter acesso à rede e baixar os arquivos:

"Eu chegava com músicas num CD-RW com um nome como ‘Lady Gaga’… apagava as músicas… Então gravava um arquivo comprimido e dividido em partes. Ninguém suspeitava de nada… [Eu] ouvia Telephone da Lady Gaga e mexia os lábios, enquanto exfiltrava possivelmente o maior vazamento de dados da história dos EUA."

Num total de 1,6GB de dados vazados, Manning diz que "a informação deveria ser livre. Ela pertence ao domínio público". Mas Manning cometeu o erro de enviar uma mensagem instantânea para outro hacker, Adrian Lamo, e se gabar dos seus feitos. Lamo então o delatou, mas Manning enviou todas as informações ao Wikileaks.

O R7 tem uma lista dos factoides mais interessantes das informações vazadas, mas nenhum tão chocante como o vídeo de um helicóptero Apache atirando em civis em Bagdá, que acredita-se ter sido obtido por Manning e vazado pelo Wikileaks em abril deste ano. [The Guardian]

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