Coreia do Sul vai desligar computadores para que as pessoas não trabalhem até tarde da noite

O governo da Coreia do Sul criou uma iniciativa para que os funcionários parem de trabalhar demais. Durante os próximos três meses, os computadores do governo irão desligar progressivamente mais cedo nas noites de sexta-feira. O governo da capital da Coreia do Sul planeja iniciar um plano no dia 30 de março e a partir […]

O governo da Coreia do Sul criou uma iniciativa para que os funcionários parem de trabalhar demais. Durante os próximos três meses, os computadores do governo irão desligar progressivamente mais cedo nas noites de sexta-feira.

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O governo da capital da Coreia do Sul planeja iniciar um plano no dia 30 de março e a partir daí haverá três fases, de acordo com a BBC.

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Na primeira fase, todos os computadores serão desligados às 20h às sextas-feiras. Já em abril, as máquinas irão parar de funcionar às 19h30 em duas sextas-feiras do mês. Na fase final em maio, todas as máquinas serão desligadas às 19h em todas as sextas.

A iniciativa afetará todos os funcionários do governo, embora algumas pessoas poderão conseguir exceções.

Dados da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento mostram que os sul-coreanos trabalham, em média, mais do que os trabalhadores de qualquer outro país.

Os funcionários do governo da Coreia do Sul trabalham em média durante 2.739 horas em um ano, de acordo com o veículo Yonhap News Agency. São quase 1.000 horas a mais do que os funcionários públicos da maioria dos países desenvolvidos.

A nova iniciativa é parte de um esforço para melhorar o equilíbrio entre o trabalho e a vida dos cidadãos. No começo deste mês, a Coreia do Sul aprovou uma lei que corta o número máximo de horas trabalhadas de 68h para 52h.

Na época, a ministra da Igualdade de Género e Família da Coreia do Sul, Chung Hyun Back, disse à AFP que a cultura do trabalho era um dos principais fatores que levavam a baixas taxas de natalidade: “durante anos, negligenciamos o verdadeiro culpado do problema – a vasta disparidade de gênero do nosso país e o tempo de trabalho desumano”.

[BBC]

Foto: Chung Sung-Jun/Getty

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