Em setembro, um trem em Nova Jersey, nos Estados Unidos, que invadiu uma plataforma da estação Hoboken matou uma brasileira e deixou centenas de feridos. De acordo com o advogado do condutor da composição, seu cliente, Thomas Gallager, tinha um caso grave e não diagnosticado de apneia de sono.
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A apneia de sono, que dificilmente é diagnosticada pois exige um teste de noite de sono, é uma condição na qual a respiração pode parar enquanto uma pessoa dorme, fazendo com que ela fique sonolenta no dia seguinte. Esta é a mesma condição dada como causa de um outro acidente de trem em 2013 que matou 4 pessoas.
“Esta explicação faz sentido, pois pelo o que observamos nos atos do condutor antes da colisão, ele fez todo o processo normalmente”, disse Jack Arseneault, advogado de Gallager, ao The New York Times. “Ele verificou a velocidade, assoprou o apito, tocou o sino e, a próxima coisa que ele sabia é que estava no piso correto.” Arseneault disse que Gallager muito provavelmente sofria de apneia de sono, pois ele é um “homem extremamente pesado”.
Local atingido por composição na estação Hoboken, em Nova Jersey (EUA). Imagem: Chris O’Neil/NTSB photo via AP
Apenas a brasileira Fabíola Bittar de Kroon, 34, que estava parada na plataforma, morreu no acidente, e várias pessoas ficaram feridas. O resultado dos testes de apneia de sono de Gallager foi enviado para investigadores federais no mês passado.
Este acidente vai provavelmente reacender o debate para desenvolvimento de um sistema que diminua a velocidade dos trens quando eles se aproximam de uma estação — algo que o atual sistema de Nova Jersey não tem. Sem contar a retomada de atenção relacionada a apneia de sono em ambientes de trabalho críticos.
Foto do topo por Chris O’Neil/National Transportation Safety Board via AP