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Hands-on do Acer Revo com Nvidia Ion: reprodução de Blu-ray sem falhas

O Acer Revo, um pequeno desktop que custará “bem abaixo” de US$ 500, é o primeiro computador com a plataforma Nvidia Ion, para PCs de baixo consumo de energia. E daí? Daí que ele tem um fraco processador Intel Atom e reproduz filmes de Blu-ray em alta definição sem falhar.

O Acer Revo, um pequeno desktop que custará “bem abaixo” de US$ 500, é o primeiro computador com a plataforma Nvidia Ion, para PCs de baixo consumo de energia. E daí? Daí que ele tem um fraco processador Intel Atom e reproduz filmes de Blu-ray em alta definição sem falhar.

A Acer mal mencionou o Revo no meio da armada de máquinas baratas anunciadas na terça, mas depois de ver o que ele pode fazer, em vários sentidos, é possível dizer que é a mais interessante de todas, pelo desempenho que promete oferecer em computadores baratos – especialmente se a Nvidia conseguir alinhar desenvolvedores de software para tirar vantagem de sua plataforma gráfica. Ion, aliás, é apenas a marca da Nvidia para o seu chip gráfico MCP79 (a GeForce 9400M no coração dos novos MacBook) combinado com a CPU Intel Atom. O Revo é o primeiro produto anunciado a usar a Ion. A Nvidia não pôde me revelar o preço final, apenas disse que é “realmente agressivo” e “bem abaixo” de US$ 500.

O modelo de demonstração que eu pude conferir estava configurado com um Atom 230, que, pelo que dizem, é bem fraquinho. Mas o Revo tem alguns recursos que potencialmente o tornam um sólido TV PC: saída HDMI, áudio HD 7.1, wireless N (para transmissão de vídeo), sete portas USB, leitor de cartões e, por alguma razão, conexão eSata.

Mas vamos pular para a parte impressionante: ele reproduziu um filme de Blu-ray com um bitrate médio de 28 megabits por segundo – com picos de 36 – com maciez e basicamente sem falhar. É uma montanha de dados, algo que uma máquina comum com Atom não consegue aguentar sem se sufocar. Rodou o Spore liso como manteiga em 1.024 x 768 com as configurações gráficas no mínimo. O Google Earth funcionou bem – ninguém diria que ele estava rodando em um MacBook Pro ou coisa do tipo, mas isso é o de menos. O que esses aplicativos todos têm em comum, e a razão pela qual o Revo pode ter um desempenho melhor com eles do que um computador normal com Atom, é que eles favorecem as placas gráficas – neste caso, a da Nvidia – no processamento, em vez de usar apenas a CPU.

Há limitações ao milagre, mesmo em relação a vídeo. Como nettops e netbooks são montados para navegar na internet, um buraco muito importante neste momento para o Ion é vídeo em HD pela internet. Clipes em HD do Hulu e do YouTube não rodaram notadamente melhor no Revo do que em outro computador com Atom 230. Isso porque o Flash e o Silverlight, os dois grandes meios de transmissão de vídeo na Web, ainda não usam aceleração gráfica. A Nvidia espera que isso mude até o lançamento do Revo (o que deve ocorrer provavelmente por volta de junho) e de outros produtos Ion – há pelo menos 40 em planejamento –, já que isso daria a ela uma alavancagem bem maior na área de netbooks.

O outro problema é que testes preliminares feitos por outros veículos mostraram unidades primitivas do Ion oferecendo desempenho de vídeo fantástico, mas duração de bateria não muito boa. Isso não é um grande empecilho para um minidesktop, obviamente, de modo que um bom nicho para máquinas Ion poderá ser o de media PCs baratos para plugar nos televisores – o Revo parece ideal para isso e vem até com um suporte para ser colocado nas costas de TVs e monitores.

Se o Revo ou algo parecido sair por US$ 400, será o primeiro tipo de computador “net” que realmente considerarei comprar.

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