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Coreia do Sul vai contar com atiradores e drones para abater porcos norte-coreanos com febre suína

A Coreia do Sul planeja abater os porcos doentes que estão invadindo o país. O método é inusitado e vai contar até com drones com câmeras termais. No domingo, o Ministério da Agricultura da Coreia do Sul anunciou que o governo tinha um plano para impedir que porcos portadores de febre suína vindos da Coreia […]

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A Coreia do Sul planeja abater os porcos doentes que estão invadindo o país. O método é inusitado e vai contar até com drones com câmeras termais.

No domingo, o Ministério da Agricultura da Coreia do Sul anunciou que o governo tinha um plano para impedir que porcos portadores de febre suína vindos da Coreia do Norte continuassem a entrar no país, como aponta uma reportagem do South China Morning Post.

As autoridades teriam confirmado que cinco javalis selvagens foram encontrados mortos na fronteira entre os dois países este mês e que todos estavam infectados com o vírus, aumentando as preocupações de que a doença se espalhando.

O governo enviará atiradores civis e militares para Goseong, Hwacheon, Inje, Paju e Yanggu, ao longo da fronteira. Se a tática for comprovada como uma forma segura e eficiente de matar os porcos, o governo poderá enviar mais caçadores.

A gripe suína tem dizimado populações de porcos em toda a Ásia Oriental, embora o governo da Coreia do Norte tenha dito que a doença mal afetou o país. De acordo com a Bloomberg, o Ministério da Agricultura da Coreia do Norte relatou para a Organização Mundial da Saúde Animal apenas um único surto em uma fazenda cooperativa perto da fronteira com a China, na qual 22 porcos foram mortos. Se realmente esse foi o único incidente no país, a doença ainda teria passado sobre a região.

No entanto, o presidente do comitê de inteligência da Assembléia Nacional da Coreia do Sul, Lee Hye-hoon, declarou que os relatórios do país mostram que a doença se espalhou por quase todas as áreas da Coreia do Norte, e que todos os porcos na província de Pyongan do Norte foram “dizimados”.

De acordo com Ahn Chan-il, líder do World Institute for North Korea Studies e ex-militar norte-coreano que desertou há 40 anos, é incomum para um governo tão secreto e isolado compartilhar qualquer informação com um grupo intergovernamental, mesmo que a informação seja limitada e enganosa.

“O fato de a Coreia do Norte ter relatado o surto a uma organização internacional sugere que a situação está provavelmente saindo do controle”, disse Ahn ao South China Morning Post. “É um apocalipse em andamento”.

Com base em informações da semana passada, 145 porcos foram sacrificados na Coreia do Sul desde setembro, segundo o Wall Street Journal.

A Coreia do Sul tem tentado trabalhar em conjunto com a Coreia do Norte para controlar o contágio, mas Pyongyang não respondeu. Como o WSJ aponta, a comunicação entre os dois países cessou desde fevereiro, quando a reunião entre o presidente dos Estados Unidos Donald Trump com o líder norte-coreano Kim Jong-un não conseguiu impedir o programa nuclear do país.

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