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OMS declara emergência global de saúde pública por causa de coronavírus

A Organização Mundial da Saúde declarou estado de emergência internacional de saúde pública devido ao novo e mortal coronavírus que atinge a China. Quase cem casos foram registrados em outros países, incluindo o primeiro caso de transmissão entre humanos nos EUA, também divulgado nesta quinta-feira (31). A decisão da OMS sobre o surto do vírus […]

Kevin Frayer/Getty Images

A Organização Mundial da Saúde declarou estado de emergência internacional de saúde pública devido ao novo e mortal coronavírus que atinge a China. Quase cem casos foram registrados em outros países, incluindo o primeiro caso de transmissão entre humanos nos EUA, também divulgado nesta quinta-feira (31).

A decisão da OMS sobre o surto do vírus conhecido como 2019-nCoV foi tomada após uma longa discussão por especialistas reunidos pela agência. Na semana passada, o mesmo comitê deliberou por dois dias sobre a possibilidade de declarar uma emergência de saúde pública de interesse internacional (PHEIC, na sigla em inglês), como é oficialmente conhecida, mas decidiu por não fazer isso.

Embora a China tenha relatado um grande aumento de casos desde então — mais de 7.700 casos e 170 mortes, de acordo com dados do começo do dia 30 de janeiro –, a decisão de pedir uma emergência internacional foi motivada pelo agravamento da situação fora da China, de acordo com o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Na quinta-feira, havia 98 casos registrados fora da China continental em pelo menos 18 países, mas nenhuma morte.

“A principal razão para esta declaração não é o que está acontecendo na China, mas o que está acontecendo em outros países”, disse Tedros na conferência de imprensa anunciando hoje o PHEIC. “Não sabemos que tipo de dano esse vírus poderia causar se se alastrasse em um país com um sistema de saúde mais fraco. Precisamos agir agora para ajudar os países a se prepararem para essa possibilidade.”

A declaração permite que a OMS e seus parceiros com sistemas de saúde mais desenvolvidos recomendem medidas de emergência para os países, de acordo com a OMS, que podem incluir restrições de viagens internacionais.

Embora a maioria dos casos envolva pessoas que viajam da região de Wuhan na China (daí o uso não oficial do nome “vírus Wuhan” para se referir ao 2019-nCov), pelo menos oito casos foram espalhados por meio de contato próximo.

Na quinta-feira, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA relataram o primeiro caso local do vírus, envolvendo um morador de Chicago que o contraiu de sua esposa, que havia retornado recentemente de Wuhan. No Brasil, há nove casos suspeitos de coronavírus, mas nenhum foi confirmado até o momento.

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