O criador do corretor automático já o usava para pegadinhas desde o início

O corretor automático tem seus pontos fracos bem documentados, mas ele é muito bom em transformar os termos sem sentido que você digita no celular em algo compreensível. E por isso, temos que agradecer a um homem chamado Bill Vaginal – ops, Bill Vignola. Na Wired, o escritor Gideon Lewis-Kraus relata uma história fascinante sobre […]

O corretor automático tem seus pontos fracos bem documentados, mas ele é muito bom em transformar os termos sem sentido que você digita no celular em algo compreensível. E por isso, temos que agradecer a um homem chamado Bill Vaginal – ops, Bill Vignola.

Na Wired, o escritor Gideon Lewis-Kraus relata uma história fascinante sobre o corretor automático. Digamos que ele é bastante qualificado para lidar com o assunto: ele escreveu o primeiro rascunho inteiro de seu livro no smartphone.

Se o corretor tem um pai, esse cara é Dean Hachamovitch, atualmente o chefe de ciência de dados na Microsoft. (Ele também patenteou o autocompletar dos navegadores!) No início dos anos 90, Hachamovitch estava na Microsoft desenvolvendo o Word e, usando alguns atalhos existentes, ele percebeu que poderia facilmente substituir “teh” pelo artigo “the” em inglês.

Ele criou uma lista com outros erros comuns, como “seperate”, mas não demorou muito até ele pensar com outros usos para o corretor. Fazer pegadinhas com outras pessoas, por exemplo:

Um dia Hachamovitch entrou no computador do chefe e mudou o dicionário de autocorreção para que, se ele digitasse Dean, o nome foi automaticamente alterado para o de seu colega Mike, e vice-versa. (Depois disso, o chefe passou a trancar seu escritório.) As crianças foram ainda mais rápidas para entender as ramificações cômicas da nova ferramenta. Depois que Hachamovitch apresentou seu trabalho à classe de terceira série de sua filha, ele recebeu e-mails de pais dizendo algo como “Obrigado por ter vindo falar com a turma da minha filha, mas sempre que eu tento digitar o nome dela, ele se transforma automaticamente em ‘A princesinha’ “.

O corretor automático, no início, também tinha alguns problemas com palavrões. A Microsoft não podia sugerir ao usuário a palavra “motherfucker”, por exemplo! A tarefa de extirpar palavras vulgares do dicionário esteve nas mãos de Christopher Thorpe, na época um estagiário de 19 anos. Como Thorpe diz à Wired, tudo foi inspirado por um cara que enviou um e-mail a Bill Gates reclamando que seu sobrenome era corrigido para algo um pouco… anatômico.

Sempre que Bill Vignola digitava seu próprio nome no MS Word, explicava o e-mail para Gates, ele era automaticamente alterado para Bill Vaginal. Acredita-se que Vignola notou isso às vezes, mas não sempre… Seu e-mail passou pela cadeia de comando até chegar em Thorpe. E Bill Vaginal não foi o único a reclamar: Thorpe lembra que o banco Goldman Sachs estava irritado, pois o Word alterava o nome para “Goddamn Sachs” [maldito Sachs].

E este é o início do corretor automático. A reportagem da Wired traz mais detalhes, e você pode conferi-la na íntegra aqui: [Wired]

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