Curiosity encontra teia de pedras que pode mudar história geológica de Marte

"Teia de pedras" encontrada pelo rover Curiosity, da NASA, pode ser uma formação geológica inédita no Planeta Vermelho; confira os detalhes
Imagem: NASA/JPL-Caltech

O rover Curiosity, da NASA, encontrou em Marte uma estrutura de boxwork — ou espeleotema em caixa – que é como uma ‘teia de pedras” formada por cristas. Esse tipo de formação geológica, comum em cavernas, se parece com um labirinto de “caixas de correio”. Ela forma-se quando minerais resistentes preenchem rachaduras em rochas.

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As imagens em satélite foram vistas pela primeira vez da órbita e o rover liberou câmeras e sensores para registrar seus arredores. O objetivo da exploração é descobrir se as cristas pertencem realmente a uma formação do tipo.

As “teias de pedras” em Marte – Imagem: Reprodução-NASA/JPL-Caltech/University of Arizona

“Esta é a nossa primeira chegada a uma potencial estrutura em forma de caixa — uma série de cristas resistentes, semelhantes a teias, visíveis em imagens orbitais, que esperávamos ansiosamente para visitar desde que as vimos pela primeira vez”, escreveu Ashley Stroupe, Engenheira de Operações de Missão no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, no site da agência na semana passada.

NASA teve dificuldades com o rover Curiosity em Marte

No entanto, houve um desafio na missão: uma roda dianteira do Curiosity apoiada em uma pedra, podendo fazê-lo escorregar ao mover o braço robótico. Por isso, a NASA passou a captar o máximo possível de dados científicos remotamente antes de tentar reposicionar o rover.

Mas, antes disso, o Curiosity começou usando sua Mastcam para capturar um mosaico abrangente da paisagem ao redor. Essas imagens ajudam a rastrear mudanças no terreno conforme a elevação histórica.

Paralelamente a essas e outras imagens, a NASA anunciou testes e manutenções mensais da bomba reserva para o HRS (Sistema de Rejeição de Calor). O sistema é um circuito de fluido que distribui o calor da fonte de energia do rover para ajudar a manter os subsistemas em temperaturas razoáveis.

Após isso, a agência informou que o Curiosity daria um salto de 30 centímetros para trás a fim de colocar os alvos científicos de interesse na área de trabalho do braço robótico, oferecendo aos profissionais uma posição segura para desmontar o membro e pousar os instrumentos na superfície.

Além disso, foram registradas informações atmosféricas adicionais, incluindo um grande levantamento de redemoinhos de poeira. Você pode acompanhar o desenvolvimento da missão do rover Curiosity em Marte aqui.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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