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A sonda Curiosity da NASA capturou imagens tenebrosas das nuvens de Marte

Mês passado, o robô Curiosity registrou algumas das mais impressionantes imagens das nuvens do céu marciano que já vimos. Agora raras, as muito parecidas com nossas nuvens cirrus já são coisa do passado do gigante vermelho. Em 17 de julho, o robô Curiosity da NASA apontou sua câmera diretamente para o céu marciano e capturou […]

Mês passado, o robô Curiosity registrou algumas das mais impressionantes imagens das nuvens do céu marciano que já vimos. Agora raras, as muito parecidas com nossas nuvens cirrus já são coisa do passado do gigante vermelho.

Em 17 de julho, o robô Curiosity da NASA apontou sua câmera diretamente para o céu marciano e capturou oito fotos de finas nuvens. A sonda então abaixou a câmera e registrou outras oito fotos de nuvens de cristal de gelo ao horizonte, com um par de colinas visíveis ao fundo. Um terceiro conjunto de fotos do mesmo dia mais tarde não registrou nuvem alguma.

Imagem: NASA/JPL-Caltech/York University

Estas nuvens são “as mais visivelmente claras até então” do Curiosity, segundo a NASA, e elas foram capturadas cinco graus abaixo do equador marciano. Charissa Campbell, membro da equipe científica do Curiosity na Universidade de York, em Toronto, realçou a sequência de imagens para dar ênfase as mudanças quadro a quadro.

Imagem: NASA/JPL-Caltech/York University

“É provável que estas nuvens sejam compostas de cristais de gelo que se condensaram em grãos de pó em locais de temperatura mais frias na atmosfera”, explica John Moores, também de York. “As mechas são criadas conforme os cristais caem e evaporam amostras conhecidas como “nuvem perfurada” ou “cirrus uncinus”. Enquanto o robô não pode dizer ao certo a altitude dessas nuvens, na Terra elas se formam em altitudes altas”.

Imagem: NASA/JPL-Caltech/York University

Nuvens como essas são hoje raras em Marte. Mas há bilhões de anos, o clima do planeta era morno o bastante para permitir que substâncias liquidas fluíssem em sua superfície por longos períodos. Ano passado, pesquisadores do Carl Sagan Institute propuseram que as nuvens cirrus possivelmente providenciaram o isolamento necessário para que água liquida fluísse pela superfície de Marte, cerca de 3,2 bilhões de anos atrás, sugerindo que essa talvez fosse uma característica proeminente do planeta vermelho. Os modelos dos pesquisadores sugeriam que, sob as circunstâncias adequadas, as nuvens de Marte durante o período de uma jovem atmosfera marciana poderiam durar por cerca de quatro ou cinco vezes mais que as nuvens da Terra.

Mas estes dias ficaram para trás, e hoje Marte é um frígido deserto. Mas pelo menos temos a sonda Curiosity por lá para nos mostrar  quais foram as condições do planeta no passado.

[NASA]

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