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Este cara foi dado como morto em atentados terroristas, mas tudo não passa de vingança

Esse cara morreu pelo menos três vezes desde janeiro, a última no ataque ao aeroporto Atatürk em Istambul. Na verdade, tudo não passa de vingança.

Você já deve ter visto esse cara em alguma notícia sobre as vítimas dos últimos atentados terroristas. Aparentemente, ele morreu pelo menos três vezes desde janeiro, a última no ataque ao aeroporto Atatürk em Istambul. Tem alguma coisa estranha, né?

Perfis em redes sociais têm identificado o rapaz como vítima do acidente com o avião da EgyptAir, do tiroteio na boate em Orlando e do ataque terrorista ao aeroporto em Istambul.

Ele também foi ligado a um incidente no México, em que a polícia atirou numa multidão que protestava contra a reforma educacional no país. Nesse caso, em vez de ter sido identificado como vítima, ele foi apontado como a pessoa que ordenou a ação da polícia.

“#Ajuda meu irmão Alfonso estava no aeroporto Atatürk e não temos informações dele, por favor nos ajudem”

Todas essas afirmação são falsas, é claro. E veículos de imprensa estão caindo numa pegadinha: a foto dele aparece num vídeo do The New York Times sobre as vítimas do massacre em Orlando, por exemplo.

Motivado por um artigo da BBC sobre declarações falsas nas redes sociais, a France24 quis saber quem é esse cara e por que estão fazendo isso com ele.

O rapaz é, na verdade, um golpista. E é com essas ‘pegadinhas’ que as vítimas estão tentando se vingar dele. Todos os perfis que divulgaram as informações falsas contaram uma história bem parecida ao France24, afirmando que sofreram golpes com prejuízos que variavam de pequenas quantias a milhares de dólares. “Nosso objetivo é arruinar a reputação dele,” disse um dos autores. “Queremos que o mundo todo reconheça seu rosto.”

Tuítes afirmam que o rapaz estava no voo da EgyptAir.

O pessoal da France24 conseguiu entrar em contato com o rapaz das fotos, mas decidiu não divulgar seu nome. Ele mora no México e admitiu que está envolvido em alguns processos judiciais. Segundo ele, a foto começou a ser espalhada depois “de uma disputa jurídica.”

Ele disse ainda que entrou em contato com os veículos de imprensa, como a BBC e o The New York Times, pedindo para que apagassem as fotos, mas que “nunca o responderam.”

O que as pessoas podem fazer em situações como essa? São poucos os países que possuem leis que tratam de assédios em ambientes virtuais e quando elas existem, são embrionárias. Normalmente, se abre uma ação por danos morais.

O rapaz, no entanto, não acionou a justiça, afirmando à France24 que no México “nada acontece nesse tipo de caso.”

[France24]

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