De onde vêm os códigos de barra?

Revistas: checado. Pão: checado. Sanduiche caro da Whole Foods: Checado. Cara esquisito na fila: Checado. Parece que tudo tem um código de barras atualmente. Mas você já parou para pensar de onde vieram essas listras tão onipresentes? O crescimento da onipresença do código de barra começou com um problema fundamental: Inúmeras indústrias precisavam ler dados […]

Revistas: checado. Pão: checado. Sanduiche caro da Whole Foods: Checado. Cara esquisito na fila: Checado. Parece que tudo tem um código de barras atualmente. Mas você já parou para pensar de onde vieram essas listras tão onipresentes?

O crescimento da onipresença do código de barra começou com um problema fundamental: Inúmeras indústrias precisavam ler dados com extrema rapidez. As primeiras pessoas a tentar combater esse problema visualmente foram dois estudantes da Drexel University, que entraram com uma patente em 1952 de um símbolo que parecia um alvo que poderia ser lido em qualquer direção. Esse símbolo era destinado a mercearias, mas a tecnologia necessária para ler os códigos, sinceramente, era uma droga. Apesar dos inventores conseguirem dizer o que as linhas deveriam significar, eles não conseguiram criar um scanner que fizesse o mesmo. E o ponto principal era tirar humanos da equação…

Então o alvo das mercearias foi engavetado.

Atualmente, passar pelo caixa com uma velocidade razoável é importante para nós que estamos acostumados ao passo frenético do comércio nos dias atuais, mas há 50 anos atrás não era muito importante evoluir a tecnologia. Outra indústria, entretanto, precisava de mais velocidade com urgência: as ferrovias. Quando o seu negócio depende da necessidade de identificar o proprietário de um trem que está passando pelo seu quintal antes que ele se torne apenas um pontinho no horizonte, etiquetas digitalizadas rapidamente são os objetos de seus sonhos.

Então em 1959, os gestores de pesquisa e desenvolvimento de ferrovias se uniram e decidiram que precisavam descobrir como os dados do dono e do número de série dos trens que estavam passando. David Collins e Chris Kapsambelis de Sylvania aceitaram o desafio. Eles chamaram o sistema, que foi lançado em 1962, de KarTrak. (O nome, pelo menos, influenciou outro sistema para colher informação de veículos em movimento. Vide: FasTrak). Funcionava assim: uma luz Xênon branca atingia fitas refletivas vermelhas, brancas e azuis, coladas na lateral dos vagões. Um sensor colhia os dados ao medir o comprimento de cada barra que passava. Apenas cinco anos depois dessa invenção, todos os trens norte americanos foram obrigados a adotar o sistema. Sucesso! Infelizmente, ele foi abandonado quase tão rápido quanto foi adotado. Acontece que os custos de manter as luzes de Xênon e treinar ferroviários ao redor do país era caro demais. Oops.

Mas outras indústrias seguiam por um caminho familiar. Em 1967, foram desenvolvidos sistema independentes tipo alvo para fins de venda que foram usados por Kroger em Cincinnati e depois por Migros na Suíça. Eles não eram feitos apenas para ler o preço rapidamente; os códigos de barra diziam aos vendedores em tempo real quais produtos estavam vendendo mais. Mas novamente, a tecnologia de digitalização ainda era um pouco caótica.

Quando Collins (da KarTrak) e companhia não conseguiram encontrar o que eles precisavam para ler suas linhas, eles inventaram. E você sabe o que torna a tecnologia ainda mais fantástica (e nesse caso, melhor)? Coloque lasers. O laser fixo de hélio-neon foi perfeito para o código de barras – ele era rápido, preciso e robusto.

O primeiro grande sucesso de Collins veio quando a General Motors usou seu sistema para identificar motores e eixos na linha de montagem. Linhas de montagem que usavam o código tinham menos erros do que aquelas equipadas com humanos experientes para inserir os dados. E também era realmente barato colocar um adesivo em algo. E como fabricação rápida e eficiente é um benefício para as empresas, o código de barras fez um enorme sucesso. Montadoras concorrentes clamavam para alcança-los, a National Association of Food Chains estabeleceu o Código Universal de Produto e outras indústrias, como a de saúde, foram na onda também. Mesmo a indústria de arte corporal conseguiu uma graninha com isso. (Nota: se você realmente estiver pensando em fazer uma tatuagem de código de barras, existem coisas a considerar se você realmente quer que ela funcione. E também: Não faça.)

Hoje em dia os códigos de barra vêm em diversos sabores. A NASA usa uma variedade 3D, que é gravado diretamente na superfície dos objetos, mercearias usam UPCs (Código Universal de Produto) para marcar seus alimentos, e QR Codes quando lidos através de celulares dão aos usuários informações instantaneamente.

Então da próxima vez que você evitar ficar um tempão na fila por causa dos códigos de barra, já sabe a quem agradecer.

Rachel Swaby é uma escritora freelance morando em São Francisco. Você pode segui-la no Twitter.
Arte original pelo artista convidado do Gizmodo Chris “Powerpig” McVeigh.Você pode acompanhar os trabalhos dele no Flickr ou Facebook. Ou ambos!
Desenho de Patente via Google Patents

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