Uber demite 14% do quadro de funcionários conforme pandemia prejudica corridas por app

O negócio de corrida por aplicativo tem sido bastante afetado durante este tempo de pandemia. Baseado nisso, a Uber demitirá 14% dos funcionários.
App da Uber rodando em tela de smartphone. Crédito: Getty Images
Crédito: Getty Images

A Uber anunciou nesta semana que está cortando 3.700 vagas, enquanto a crise do coronavírus afeta diretamente o negócio de viagens por aplicativo.

Um porta-voz da Uber confirmou ao Gizmodo que as demissões afetarão cerca de 14% dos funcionários da empresa. De acordo com um memorando enviado pelo CEO Dara Khosrowshahi enviado à equipe da Uber, os desligamentos estão atingindo as equipes de recrutamento e comunicação.

O executivo citou o clima criado pela crise de saúde atual, que impactou amplamente o mercado de corridas por aplicativo, bem como o congelamento atual de contratações como razões para os cortes. O porta-voz da empresa reiterou o que foi dito pelo chefão da Uber.

“Com as pessoas fazendo menos viagens, a triste realidade é que não há trabalho suficiente para muitos de nossos funcionários de atendimento ao cliente de linha de frente”, disse a empresa em comunicado. “Como não sabemos quanto tempo levará para a recuperação, estamos tomando medidas para alinhar nossos custos com o tamanho de nossos negócios hoje. Esta foi uma decisão difícil, mas é correta para ajudar a proteger a saúde da empresa a longo prazo e garantir que sairemos desta crise mais fortes”.

A Uber diz que a companhia está confiante de que poderá se recuperar depois que as cidades acabarem com a quarentena e começarem a reabrir, mas reconhecem que é “impossível” saber quando exatamente isso ocorrerá. Também não está claro como será a demanda por corridas em um ambiente pós-COVID-19, especialmente antes de haver uma vacina, que pode estar bem distante.

Em seu memorando interno, Khosrowshahi diz que as demissões dessa semana fazem parte de uma iniciativa maior para reduzir custos e parecem insinuar que novos cortes podem ser feitos.

“Essa é uma parte de um exercício mais amplo para fazer os difíceis ajustes em nossa estrutura de custos (tamanho da equipe e presença no escritório), para que ela corresponda à realidade de nossos negócios (nossas reservas, receitas e margens)”, escreveu ele. “Estamos analisando muitos cenários e todos os custos, variáveis e fixos, em toda a empresa.”

As últimas duas semanas foram brutais para os funcionários da Uber, e do seu principal concorrente nos EUA, a Lyft. Na semana passada, o The Information informou que a Uber estava avaliando demissão de até 20% dos seus funcionários como parte de sua iniciativa de corte de custos, possivelmente resultando na perda de até 5.400 empregos.

Enquanto isso, a Lyft viu sua própria rodada de cortes na semana passada. A empresa também instituiu cortes salariais para os funcionários restantes por um período de 12 semanas, segundo a CNBC, incluindo um corte de 30% no salário de executivos, 20% para vice-presidentes e 10% para todos os outros funcionários.

De acordo com o tem si, que formaliza um grande evento para acionistas, Khosrowshahi está renunciando ao seu salário-base até o final do ano — uma das medidas mínimas que os executivos podem tomar para evitar que o maior número de pessoas fiquem sem emprego durante uma recessão. A Uber disse que a decisão atualmente não inclui cortes para outros executivos.

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