A descoberta do Titanic, na verdade, fazia parte de um projeto para achar submarinos nucleares perdidos

O caso do naufrágio do navio RMS Titanic em 1912 gerou um série de teorias conspiratórias com o passar dos anos, mas parece que a descoberta dos escombros era parte de um “encobrimento” militar da vida real. Segundo um novo relato, a equipe que encontrou o navio “que nunca afundava” no fundo do oceano estava […]
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O caso do naufrágio do navio RMS Titanic em 1912 gerou um série de teorias conspiratórias com o passar dos anos, mas parece que a descoberta dos escombros era parte de um “encobrimento” militar da vida real. Segundo um novo relato, a equipe que encontrou o navio “que nunca afundava” no fundo do oceano estava na verdade preocupada em achar dois submarinos de mísseis nucleares.

Robert Ballard, o oceanógrafo que liderou a equipe americana que achou o Titanic, agora pode finalmente dizer a história do que realmente aconteceu em 1985. Falando para a CBS News, ele explicou que ele já tinha executado várias missões secretas para a Marinha quando em 1982 ele construiu um veículo submarino. Sem grana para fazer a expedição, Ballard teve a ideia de pedir para a Marinha que o ajudasse.

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Ele então contatou o vice-chefe de operações de operações, Ronald Thunman, e explicou a ele que estava querendo achar o Titanic há um tempo e que tinha curiosidade se o departamento militar acharia alguma forma de sabermos isso. Thunman aparentemente pensou que Ballard estava louco, mas concordou com o plano, desde que fosse feito algo pela Marinha primeiro. Os militares queriam explorar dois submarinos nucleares desaparecidos nos anos 60. Era o auge da Guerra Fria e os militares não queriam que os russos ou outros adversários tropeçassem no USS Thresher e USS Scorpion.

“Sabíamos onde estavam os submarinos”, disse Ballard à CNN. “O que eles queriam que eu fizesse era voltar e não ter os russos me seguindo, porque estávamos interessados nas armas nucleares que estavam no Scorpion e os reatores nucleares que estavam prejudicando o meio ambiente.”

O plano era esconder a missão da vista de todos. A imprensa só seria informada sobre a caçada ao Titanic e nenhum adversário suspeitaria das atividades da equipe. Ballard foi encarregado de explorar o USS Scorpion e quando essa missão foi realizada, ele passou para o seu objetivo pessoal com um prazo ainda de 12 dias. “Aprendi algo sobre mapeamento com o Scorpion que me ensinou a como encontrar o Titanic: procurar pela trilha de detritos”, disse à CBS.

A equipe encontrou destroços após oito dias e a celebração deles rapidamente se tornou sóbria, já que o entendimento era que eles estavam buscando pelo túmulo de 1.500 pessoas. Eles voltaram para casa como heróis e tinham de manter a história falsa deles. Depois que a descoberta foi anunciada, um porta-voz da Marinha disse ao New York Times que os militares apenas investiram no projeto porque estavam interessados no teste de um novo equipamento submarino.

Não parece que o público, no fim das contas, foi, de fato, enganado. No fim, todos conseguiram o que queriam e o encobrimento da história foi bem inofensivo. Pelo menos, é isso que eles querem que a gente acredite.

[CBS NewsCNN]

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