
Descoberta tumba da dinastia Midas, o rei da lenda do ouro
No início deste mês, arqueólogos descobriram uma tumba real do século 8 a.C., no sudoeste da Turquia, que pode ser de algum membro da dinastia de Midas, o rei da lenda que “tornava tudo que tocava em ouro”.
A tumba escavada recentemente tinha restos humanos cremados e dezenas de artefatos raros que possivelmente pertenciam a um membro da família real de Gordiom. Portanto, o local se tornou o ponto de cremação mais antigo da região.
Além disso, o governo da Turquia destaca que os artefatos indicam uma ligação da tumba com o rei Midas.
“Com base nesses artefatos, a pessoa na tumba pode ter sido um membro da família real associada à Gordiom e ao rei Midas”, afirmou Mehmet Nuri Ersoy, Ministro da Cultura e Turismo da Turquia.
Rei Midas e a importância histórica da tumba de 2,8 anos
Gordiom era a capital do da Frígia, reino governado por Górdias e, posteriormente, Midas, e durou cerca de 600 anos, entre 1.200 e 600 a.C.
O Rei Górdias, além de dar nome à capital da Frígia, é famoso pelo mito do nó górdio e por criar Midas.
Midas entra para história da humanidade em frases genéricas por seu papel na mitologia grega. Filho de Zeus, embora criado por Górdias, Midas tinha a habilidade de transformar em ouro tudo aquilo que tocasse.
A tumba real de 2,8 mil anos é a mais recente dentre mais de 40 escavações no local. Embora seja menor, com 8 metros de comprimento e 60 de largura, a tumba é muito importante por oferecer novos insights sobre as práticas funerárias da Frígia.
Além disso, o vínculo com o Rei Midas e, portanto, com a família real se dá pela evidência de cremação da tumba de 2,8 mil anos, um costume funerário para pessoas da nobreza.
As escavações na região continuam e os arqueólogos encontram peças do quebra-cabeça da história de um dos reinos mais enigmáticos a cada descoberta. A tumba real é uma evidência dos rituais funerários da família real e são indicadores de status do reino de Midas há 2,8 mil anos.