Projeto vai fiscalizar gastos municipais que não exigem licitação

A Operação Serenata de Amor vai ficar de olho nos diários oficiais dos municípios para catalogar os gastos realizados sem a necessidade de licitações. O projeto, que possui outras iniciativas de transparência dos gastos públicos, já começou a monitorar o diário oficial das cidades de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Goiânia, Goiás. […]

A Operação Serenata de Amor vai ficar de olho nos diários oficiais dos municípios para catalogar os gastos realizados sem a necessidade de licitações. O projeto, que possui outras iniciativas de transparência dos gastos públicos, já começou a monitorar o diário oficial das cidades de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Goiânia, Goiás.

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Para quem não conhece a Operação Serenata de Amor, foram eles que desenvolveram o bot Rosie no Twitter, que analisa e identifica suspeitas em gastos de deputados federais em exercício de sua função utilizando uma inteligência artificial. O projeto é bancado por uma campanha de financiamento coletivo.

Com a iniciativa do Diário Oficial, eles querem amplificar o acesso e a transparência dos gastos de municípios, monitorando quanto dos orçamentos das cidades está sendo utilizado em investimentos. O foco inicial está nos gastos de até R$ 8 mil, que não precisam passar por licitação – ou seja, não há concorrência de preços.

O Diário Oficial do município registra todas as informações da região, incluindo registros de pessoas contratadas e exoneradas, licitações e todas as compras feitas com dinheiro público.

Um dos aspectos mais importantes dessa campanha é atrair atenção para a esfera mais próxima do cidadão – afinal, as decisões do município são aquelas que sentimos na pele mais rapidamente, seja com os gastos de zeladoria, transporte público ou planejamento da cidade.

Um dos desafios do grupo é fazer a leitura automática do diário, que é disponibilizado em PDF, um formato nada amigável para auditorias. Além disso, muitas das informações são escritas à mão. Para vencer o obstáculo, eles estão utilizando uma ferramenta de inteligência artificial chamada Processamento de Linguagem Natural. É ela que identifica o número após um “R$” e tabela o preço no site da iniciativa.

A expectativa do grupo é que, em um ano, a tecnologia funcione nos 100 maiores municípios do país, que abarcam 40% da população brasileira. Além disso, eles esperam que outros trabalhos da sociedade civil utilizem esses dados para amplificar a potência do projeto.

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