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Estamos digitando mais rápido nos smartphones e quase chegando no nível dos teclados físicos

Estudo tem notado que as novas gerações digitam rápido em smartphones e que a velocidade de digitação em teclados físicos tem reduzido com o tempo.

Pessoa digitando/teclando em um smartphone

Imagem: Unsplash

Você acha que precisa de um teclado para digitar mais rápido? Pense novamente, então. Pesquisadores descobriram que as pessoas conseguem teclar tão rápido no smartphone quando em um teclado tradicional, de acordo com uma pesquisa publicada no The Guardian.

Uma equipe da Universidade Aalto, na Finlândia, da Universidade de Cambridge e da ETH Zurich conduziu um estudo de velocidade de digitação móvel com a ajuda de mais de 37 mil voluntários de mais de 160 países.

Eles descobriram que, em média, as pessoas teclam em seus telefones com uma velocidade equivalente a 70% do que conseguem em um teclado físico, com uma média de 36 palavras por minuto (ppm ou wpm, na sigla em inglês).

Para referência, um estudo de 2018 dos mesmos pesquisadores concluiu que a velocidade média digitada em um teclado físico era de 52 palavras por minuto. Um participante, no entanto, conseguiu a impressionante velocidade de 85 palavras por minuto em um smartphone.

No entanto, não é só a digitação em smartphone que está melhorando — os usuários de teclado parecem estar piorando com o tempo. Pesquisas anteriores já tinham apontado que a média de palavras por minuto digitadas em um teclado físico tem caído com o tempo.

“Embora alguém possa teclar ainda muito rápido em um teclado físico, acima de 100 palavras por minuto, a proporção de pessoas que atinge esse nível está em declínio”, disse Anna Felt, uma pesquisadora da ETH Zurich e uma das coautoras do estudo, em um comunicado. “A maioria das pessoas atinge entre 35 e 65 palavras por minuto.”

Se a velocidade de digitação em teclados físicos continuar a diminuir e as velocidades de interfaces sensíveis a toque aumentarem ainda mais, os pesquisadores acreditam que a diferença entre os dois pode sumir completamente.

O estudo chegou a conclusões bem interessantes.

É importante ressaltar que o recurso de autocorreção claramente aumenta a velocidade de digitação, embora a predição de palavras seja um fator que torna a digitação mais lenta.

No estudo, os pesquisadores admitem as limitações do estudo deles. Embora dezenas de milhares de pessoas tenham participado, os voluntários são um grupo seletivo, e o estudo atraiu pessoas mais jovens. Ainda assim, os dados talvez ofereçam um vislumbre sobre o futuro da digitação.

“Estamos vendo uma geração jovem que sempre usou dispositivos com tela sensível ao toque, e a diferença para as gerações mais antigas, que podem ter usado dispositivos por mais tempo, mas [estão acostumadas a aparelhos] de diferentes tipos, é impressionante”, disse Antti Oulasvirta, professor da Universidade Aalto, no comunicado sobre o estudo. “Este é um tipo de habilidade motora que as pessoas aprendem por conta própria, sem treinamento formal, o que é muito diferente da digitação em teclados físicos.”

Se você tem curiosidade para saber como seus polegares se comparam com os da pesquisa e tiver uns 10 minutos livre, o teste está disponível aqui. Minha média foi de 49 palavras por minuto (minha velocidade máxima foi de 79 palavras por minuto) com uma taxa de erro de 1,02%. Agora, vou colocar gelo nos meus polegares, pois esse negócio dói.

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